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Carnaval sem ofensas: você pode estar sendo preconceituoso, mesmo sem saber

Músicas tradicionais e fantasias podem causar constrangimentos aos foliões durante as festas

Por Isadora Jaron
19/02/20 - 15:46
Carnaval sem ofensas: você pode estar sendo preconceituoso, mesmo sem saber Carnaval com fantasias e atitudes diferentes para não constranger | Foto: Reprodução/I Hate Flash

Você sabia que as fantasias e as marchinhas de Carnaval podem ser machistas, homofóbicas e preconceituosas? Pois é. Quando vem chegando a folia, muitas pessoas já preparam suas fantasias para desfilarem nos blocos e os organizadores preparam um repertório cheio de marchinhas e músicas para animar os foliões.

Só que muita gente não sabe que as fantasias podem estar carregadas de preconceito e as marchinhas com uma letra polêmica. Quem nunca se fantasiou ou já encontrou um grupo de “negas malucas”, com aquelas perucas black power e vestimentas pretas que, neste caso, imitam a cor da pele? Também os cabelos dreads, homens fantasiados de mulher e as fantasias de ciganos?

Para Silvia Furtado, coordenadora do Centro de Cidadania LGBT – Hanna Suzart, dentro do argumento cultural, o Carnaval mergulha na diversidade e permite as várias formas de manifestações. “Mas, brincadeiras têm limites e a correção política chegou ao Carnaval, o debate se dá através do conceito Politicamente Correto, com as letras das marchinhas e fantasias com conotações que podem ser ofensivas à determinados grupos sociais e dividem opiniões”, destacou.

Você já reparou na letra da marchinha “O teu cabelo não nega”, de Lamartine Babo, ou a “Cabeleira do Zezé”, de João Roberto Kelly? Muitas palavras usadas nas letras das músicas se tornam pejorativas e acabam causando constrangimento e agredindo quem está participando dos blocos. Sendo assim, muitos clássicos estão ficando de fora da festa de Momo.

“As marchas de Carnaval, de uma determinada época, representam uma linguagem e um período da folia, mas que a sociedade ainda não tinha um cabedal de conhecimento e de críticas suficientes para poder fazer essa discussão. Elas não cabem mais em uma sociedade que é igualitária”, explicou Paulo César, sociólogo e coordenador do Coletivo Negro.

Para o Centro de Referência da Mulher (Crem), no Carnaval as pessoas devem ter cuidado com o próximo na questão de se fantasiar e se portar para não ofender e, sim, se divertir. Assim como nas escolhas das músicas.

“Acreditamos que o que deve prevalecer é o respeito, seja na escolha de fantasias ou nas atitudes. As pessoas estão no intuito de se divertir e acabam não tendo a consciência das repercussões do significado da fantasia”.

Em Nova Friburgo, o concurso Gay do Carnaval é tradição na cidade. Em relação a questão, Silvia explica que a tradicional eleição é um incentivo à cultura a classe.

“O Concurso Gay do Carnaval é promovido há 18 anos, incentiva e valoriza a cultura Drag Queen, sempre apresentado às segundas-feiras de Carnaval. É bom lembrar que as brincadeiras da folia, podem ser saudáveis, respeitosas, e sem perder o bom humor. Se uma brincadeira ofende e traz sofrimento não tem graça, o legal é rir juntos, e depois da zoação se sentir confortável”, finalizou Silvia.

E você? Qual a sua opinião sobre o assunto?


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