Teresópolis está sem vacina contra Raiva Humana

A Secretaria de Saúde de Teresópolis está com o estoque de Vacina Contra a Raiva Humana (VCRH) e o Soro Antirrábico Humano (SAH) zerado. O município, que é Polo Regional de Vacinação e Soro contra a Raiva Humana, não tem recebido a quantidade necessária de VCRH para atender a demanda. Deveriam ser entregues 200 doses por mês, entretanto, em janeiro, Teresópolis foi abastecida com apenas 120 unidades. A vacina é fundamental para combater a Raiva Humana, uma doença infecciosa quase sempre fatal.

De acordo com a secretaria, os municípios recebem as vacinas do Governo do Estado, que repassa o que recebe do Governo Federal. Entretanto, em novembro de 2018, o Ministério da Saúde divulgou uma Nota Técnica (nº221/2018 - CGTD/DEVIT/SVS/MS) informando sobre a insuficiente disponibilidade mundial de vacina contra a raiva e que, apesar da necessidade de aquisição de 2,6 milhões de doses de VCRH para atender a demanda do país, só conseguiu adquirir 1,3 milhão de doses da vacina, que corresponde à metade do total inicialmente planejado.

Neste momento, Teresópolis encontra-se desabastecida da vacina e do soro, por não haver liberação destes imunobiológicos pela Secretaria Estadual de Saúde. A orientação da SES-RJ é de que seja feito um cadastro de espera dos pacientes que necessitem de aplicação da vacina ou do soro. Além disso, a administração dos imunobiológicos deve ser feita somente em situações de extremo risco, como mordida de morcego ou de animais silvestres.

Teresópolis tem buscado, em unidades mais próximas, algumas doses dos imunobiológicos para os casos mais graves.

Problema antigo

Desde 2015, o abastecimento de vacina e soro antirrábico não é feito regularmente. Em julho de 2015, o Programa Nacional de Imunizações, através da Secretaria Estadual de Saúde, informou sobre a irregularidade no fornecimento aos municípios brasileiros dos soros antirrábico humano, antitetânico, antiaracnídeo e antielapídico.

Como é transmitida

A Raiva Humana é transmitida pela mordida de um animal raivoso, que introduz, assim, o vírus que causa a doença. A raiva também pode ser transmitida se houver contato direto da saliva do animal com os olhos, mucosas ou feridas, bem como lambeduras ou arranhões de animais doentes.

Sobre a vacina

A vacina antirrábica humana é indicada para a prevenção da raiva em crianças e adultos, podendo ser administrada antes e após a exposição ao vírus, que é transmitido através da mordida de cachorro ou outros animais infectados.

A doença afeta o sistema nervoso central, levando à inflamação do cérebro. Se a doença não for devidamente tratada, pode levar à morte.

A pessoa que contrair raiva deve procurar ajuda médica logo que é mordida, de forma a limpar e desinfetar o ferimento, receber a vacina, e, caso seja necessário, tomar também imunoglobulinas.