OMS muda recomendações para reforço da vacina contra a Covid-19
Entenda quem deverá tomar as doses de reforço contra a doença, de acordo com as mudanças
29/03/23 - 15:52
A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu uma nota com modificação nas recomendações para as doses de reforço da vacina contra a Covid-19.
Para a fase atual da pandemia, a OMS agora sugere que crianças e adolescentes saudáveis, entre seis meses e 17 anos, podem não precisar necessariamente da imunização.
A nova indicação é que apenas o grupo de alto risco deve tomar a dose de reforço contra a Covid-19, e que deverá acontecer em no máximo um ano após a última vacina contra a doença.
De acordo com a OMS, o objetivo é concentrar a vacinação naqueles mais propensos a ter sintomas graves.
A Organização Mundial da Saúde reforçou que as vacinas são seguras para todas as idades e explicou que essas recomendações levam em consideração outros fatores, como o custo-efetividade da imunização, principalmente para países mais pobres, onde há escassez de doses.
Pesquisadores do Grupo Assessor Estratégico de Especialistas em Vacinas (Sage) dividiram a população em três níveis de prioridade de acordo com o risco de saúde:
Alto risco: idosos (mais de 60 anos), imunossupressores e profissionais da saúde
Médio risco: adultos (18 a 60 anos) ou adolescentes com comorbidades
Baixo risco: crianças e adolescentes
As novas recomendações do Sage refletem o impacto da variante ômicron e do elevado nível de imunização registrado entre a população mundial, devido às infecções e graças à vacinação.
No Brasil, que adotou recentemente o modelo bivalente, os intervalos entre as doses da vacina para grupos prioritários costumam ser de apenas quatro meses.
Além disso, grande parte da população já teve acesso à terceira dose, incluindo os grupos de baixo risco.
As novas medidas foram discutidas recentemente, entre os dias 20 e 23 de março, na reunião do Sage em Genebra, na Suíça.
A OMS ressaltou ainda que realizar as vacinações de rotina de jovens e adolescentes contra doenças como sarampo e poliomielite, que ficaram atrasadas durante a pandemia, por exemplo, é fundamental para evitar novas epidemias.
O Ministério da Saúde informou para o Portal Multiplix que avalia atentamente as novas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A atual gestão, como informou o ministério, "busca sempre a melhor estratégia de vacinação contra a Covid-19 na população brasileira, considerando o cenário epidemiológico atual e as evidências científicas sobre o tema, sempre amparado nas discussões no âmbito da Câmara Técnica Assessora em Imunizações".
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