Friburgo terá castração gratuita de animais; clínica particular será contratada para fazer serviço

Protetores e apoiadores da causa animal em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, há tempos lutam, muitas vezes com a ajuda só de voluntários, para reduzir o número de cães e gatos abandonados nas ruas da cidade.

Através de doações, rifas ou de castrações a preços populares, as cirurgias de esterilização em pets seguem sendo realizadas de forma incansável por esses grupos. Mas agora, o trabalho para diminuir o número populacional destes animais passará a contar também com a colaboração do poder público.

Segundo a prefeitura, foi homologada a primeira licitação para contratar uma clínica especializada que irá fazer a castração gratuita em cães e gatos da cidade. O processo já foi autorizado e, em breve, será validado o contrato de um ano com a clínica que realizará o serviço.

Ao longo de um ano, serão realizadas 1.200 castrações gratuitas, sendo que, mensalmente, serão feitos 100 procedimentos. Deste número, 90 cirurgias serão destinadas a animais de tutores de pessoas de baixa renda inscritas no CadÚnico ou de protetores com declaração de hipossuficiência econômica.

As outras dez cirurgias serão realizadas em animais errantes, que serão tratados na clínica e devolvidos ao local após sua plena recuperação.

A esterilização é considerada, por especialistas, a forma mais eficiente de controle populacional de cães e gatos, atualmente. Desta forma, consequentemente, acontece a redução do número de abandono desses animais.

Castramóvel paralisado

Castramóvel foi adquirido há mais de dois anos para realizar castrações itinerantes e até hoje não começou a funcionar | Foto: Natalia Amorim/Arquivo pessoal

No final de 2020, o município adquiriu um castramóvel, por meio de licitação com os recursos do Ministério da Saúde, no intuito de realizar campanhas itinerantes de castrações de cães e gatos. O valor repassado para a aquisição do veículo foi de aproximadamente R$ 120 mil.

O veículo é composto por três salas: antessala para recepção, sala de cirurgia e de repouso e tem ainda uma mesa cirúrgica e oito gaiolas de repouso e recuperação dos animais.

Toda a configuração cumpre a regulamentação estabelecida pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária, o que garante as exigências técnicas de biossegurança e higiênico-sanitárias. Contudo, desde aquela época, o equipamento está parado, nunca entrou em funcionamento.

A prefeitura informou, por meio de nota, que aguarda a compra de itens e insumos necessários para que a unidade entre em operação, assim como a contratação de um veterinário. O Executivo disse ainda que os processos já estão em andamento.

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