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Casos de dengue disparam em Friburgo: número em 2022 é 24 vezes maior do que no ano anterior

A tendência de alta está em todo o estado do Rio e no Brasil; especialistas dizem que há risco de surto em todo o pais

Por Redação Multiplix
17/01/23 - 11:07
Casos de dengue disparam em Friburgo: número em 2022 é 24 vezes maior do que no ano anterior Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue | Foto: Reprodução/Agência Brasil

O número de casos de dengue no Rio de Janeiro voltou a crescer, de acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES). Em 2022, foram registrados 11.400 casos da doença. O número é quase quatro vezes maior que o de 2021, quando foram notificados 2.882 casos.

A quantidade de óbitos também aumentou: enquanto em 2021 foram quatro casos, houve 16 no ano passado, como também informou a SES.

Em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, o número de registros também cresceu, e em um ritmo ainda mais acelerado do que no estado: em 2022, foram registrados 97 casos da doença.

No ano anterior, foram quatro, segundo as informações da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo. O número em 2022 é 24 vezes maior do que em 2021.

No última semana, a Secretaria de Estado de Saúde lançou o Painel Dengue.

De acordo com o painel, Friburgo registrou 111 casos da doença em 2022.

O Portal Multiplix questionou sobre a diferença entre os dados divulgados, do município e do estado, e a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo informou que vai verificar essa divergência.

A nova plataforma do governo estadual oferece dados sobre a evolução de casos nos 92 municípios do estado, com atualização semanal.

Estão disponíveis informações sobre o número de casos por região e município, internações e óbitos, além de perfil dos pacientes, como faixa etária e sexo.

Mesmo assim, a cidade do interior do Rio e todo o estado seguem uma tendência nacional de crescimento dos casos. O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado recentemente com os dados consolidados, alerta para o registro de 1.450.270 casos prováveis da doença em todo o país.

O aumento é de 162,5% se comparado com 2021, ano em que 544 mil pessoas foram infectadas.

O número de mortes também foi alto. Em 2022, o Brasil registrou 1.016 mortes por dengue, quadro inédito desde a década de 80, quando a doença voltou a surgir no país e começou a ser mais frequente.

O infectologista Celso Ramos, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro de Academia Nacional de Medicina, fala sobre o risco de surto da doença:

Com o tempo bom para Aedes como nós temos tendo, com chuvas, temperatura agradável para o mosquito. Sim, eu acho que nós podemos ter um surto, uma epidemia de dengue, sem sombra de dúvida.

Ele também ressalta a necessidade de atenção da população para os focos de água parada, especialmente dentro de casa:

Melhor ambiente para a proliferação do mosquito da dengue.

Celso Ramos lembrou que o “Aedes se dá bem em água parada, limpa, em recipiente artificial, em área sombreada”. Ele explica que, com frequência, o foco do Aedes está dentro das casas.

Ou está próximo das casas, na laje, na varanda, no quintal, onde há água, repito, comparativamente limpa, água de chuva por exemplo.

Entre os principais sintomas da doença estão febre alta, dor no corpo e nas articulações e manchas vermelhas.

O tratamento inclui repouso e ingestão de líquidos. Em caso de dor ou febre, pode-se tomar dipirona ou paracetamol e nunca ácido acetilsalicílico.

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