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Búzios adota tratamento com Cannabis medicinal em crianças autistas

Secretaria Municipal de Saúde quer ampliar procedimento para outras doenças como alzheimer, câncer e parkinson

Por Juan Rodriguez e Franklin Vogas
08/09/21 - 16:45
Búzios adota tratamento com Cannabis medicinal em crianças autistas Secretaria de Saúde de Búzios confirma uso de Cannabis medicinal em crianças autistas | Foto: Reprodução/Portal Multiplix

Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio, está usando a Cannabis medicinal no tratamento de crianças autistas. A medida foi adotada pela Secretaria Municipal de Saúde e já está em vigor na cidade.

Segundo a secretaria, a ideia é ampliar o procedimento para outras patologias como alzheimer, câncer, parkinson, entre outros tipos de doenças.

A liberação da medicação é feita através da Associação Brasileira de Acesso do Rio de Janeiro (AbraRio), mediante a prescrição de um médico neurologista responsável pela criança. Também é necessário que o responsável pelo menor seja associado à AbraRio, ainda de acordo com o município. O cadastro pode ser feito através do site da associação.

"O município está sendo pioneiro na autorização da prescrição da Cannabis medicinal, a princípio para as crianças autistas. A liberação para outros públicos vai se dar conforme conseguirmos avançar com o projeto. Iniciamos há alguns meses e constatamos um resultado muito positivo, tanto para as crianças quanto para as famílias. Tudo que for importante, do ponto de vista farmacológico e do tratamento, vamos estar trabalhando para oferecer em menor prazo possível para a cidade”, explica o secretário de Saúde, Leônidas Heringer.

Atualmente, ainda segundo a prefeitura, Búzios possui 300 crianças autistas cadastradas na rede pública e privada de saúde do município. Um levantamento também está sendo feito para saber o número total de crianças com transtornos mentais na cidade.

A Secretaria de Saúde de Búzios informou também que está estudando uma forma de incluir o medicamento na Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume) para ser distribuído gratuitamente e atender não só as crianças autistas, mas também aquelas que apresentam crises convulsivas recorrentes.

Pesquisa sobre a Cannabis

Estudos indicam que os derivados da planta podem ser utilizados no tratamento de doençasEstudos indicam que os derivados da planta podem ser utilizados no tratamento de doenças | Foto: Banco de Imagem

Desde dezembro de 2019, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovou a regulamentação de produtos à base de Cannabis sob prescrição médica, disponíveis em gotas ou óleos.

O tratamento é feito apenas com o Canabidiol, e não com o THC (tetrahidrocanabinol), componente da maconha responsável pelos efeitos alucinógenos.

Estudos indicam que os derivados da planta podem ser utilizados no tratamento de doenças como alzheimer, parkinson, glaucoma, depressão, autismo e epilepsia.

Além disso, há evidências da eficácia dos Canabinoides contra dores crônicas; no tratamento de câncer, apresentando efeitos antitumoral e também contra enjoos causados pela quimioterapia e no tratamento da espasticidade causada pela esclerose múltipla.

Debate sobre o plantio

Em junho, o Projeto de Lei (PL) 399/15, que regulamenta o plantio de maconha, denominada Cannabis sativa, para fins medicinais e a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta, foi aprovado na comissão especial da Câmara dos Deputados.

Agora, a matéria seguirá para o Senado, caso não haja um recurso de 51 deputados (10%) para que seja votada em plenário.

Importação

Para solicitar autorização para importar produtos derivados de Cannabis, é preciso solicitar um documento emitido pela Anvisa. A autorização vale por dois anos e, durante esse período, os pacientes ou seus representantes legais podem importar o produto autorizado.

Para isso, basta apresentar a prescrição médica, indicando a quantidade importada, nos postos da Anvisa (nos aeroportos e áreas de fronteiras).

O governo federal ressalta que a Anvisa não fornece os produtos, apenas autoriza a importação deles.

Veja outras notícias da Região dos Lagos do Rio no Portal Multiplix.


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