Professores fazem ato em frente à Prefeitura de Cabo Frio, mesmo após divulgação de reajuste salarial

O impasse entre a Prefeitura de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, e os profissionais de educação do município segue com novos capítulos. Mesmo após o prefeito José Bonifácio anunciar um aumento salarial para os professores da rede municipal, a greve de 24 horas foi mantida por parte dos docentes.

A paralisação ocorreu nessa quarta-feira, dia 3, acompanhada de um ato em frente ao prédio da administração municipal. As manifestações foram aprovadas pelo Sindicato dos Profissionais da Educação da Região dos Lagos (Sepe Lagos).

Entre os pontos exigidos pelos profissionais, estão: piso salarial, reajuste, a falta de enquadramento, reserva de 1/3 aplicada corretamente, chamada de concurso para todas as vagas reais, licença para estudos, climatização nas salas, resíduo trabalhista, entre outros.

Um dia antes da greve, na terça, 2, o prefeito do município havia anunciado, por meio de um vídeo, uma readequação nos salários dos professores da rede municipal de ensino da cidade, adaptando os valores ao piso nacional.

De acordo com a prefeitura, serão adequados os salários para os cargos de docente I efetivo; docente I contratado, e docente II contratado. Os professores no cargo de docente II efetivo já recebem 32,93% acima do piso.

Ainda segundo o Executivo, a folha salarial da Educação chegará a R$ 23.532.872,10, se for comparada com a folha de abril de 2023. Valor que corresponde ao pagamento de 6.849 servidores, que atendem 32.954 alunos em todo o município de Cabo Frio.

O prefeito José Bonifácio informou que essa readequação é uma forma de valorizar o trabalho dos professores e reconhecer a importância do papel que eles desempenham na educação do município:

Nosso compromisso com a educação é sério e estamos trabalhando incansavelmente para oferecer melhores condições de trabalho e salário para os nossos servidores. A partir deste mês de maio, estaremos adequando o salário dos professores.

Já em um vídeo postado nas redes sociais, Denize Alvarenga, coordenadora do Sepe Lagos, afirmou que o governo municipal não vai pagar o piso:

Esse anúncio do prefeito não fala no direito garantido em lei a todos [profissionais] da Educação. O prefeito não recebe o sindicato, só nos recebeu duas vezes em seu mandato. A gente espera que ele esteja aberto à negociação.

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