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Exclusivo: mandante de assalto, seguido de sequestro, era funcionário de serralheria em Bom Jardim

Crime em estabelecimento resultou perseguição policial; cinco pessoas foram presas

Por Natalia Amorim
09/01/23 - 17:54
Exclusivo: mandante de assalto, seguido de sequestro, era funcionário de serralheria em Bom Jardim Veículo que seguia em fuga com as vítimas foi interceptado após policiais atirarem nos pneus | Foto: Divulgação/11º BPM

Na manhã da última quinta-feira, dia 5, duas mulheres foram sequestradas durante um assalto a uma serralheria em Bom Jardim, conforme mostrado pelo Portal Multiplix. Dois suspeitos atiraram contra o dono do estabelecimento, que é marido de uma delas e fugiram com o carro de uma das vítimas, pela estrada de Ponte Berçot.

Foi formado um cerco policial, que resultou em perseguição. O veículo só foi parado após os policiais atirarem nos pneus.

Até o momento, cinco envolvidos foram presos durante operação policial.

A reportagem conversou com uma das vítimas, que prefere manter a identidade preservada, já que a investigação policial segue em andamento, de acordo com as últimas informações do delegado titular da 151ª DP de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, Henrique Pessoa.

Ela revelou detalhes exclusivos do caso que chamou a atenção de moradores da região, na última semana.

Segundo o relato da vítima, esposa do dono da serralheria que foi alvo dos criminosos, a grande e mais desagradável surpresa veio no fim da operação policial, com a prisão do quarto suspeito: um dos funcionários do estabelecimento.

A vítima conta que no dia do ocorrido, ele teria ido até a residência dela com a justificativa de pedir um remédio para dor de cabeça.

Na verdade, ela acredita que a ida dele até sua casa era um pretexto para saber em qual momento ela sairia.

Assim que o homem foi embora, ela e a filha saíram de casa para ir ao banco.

Aquele era, justamente, o dia de pagamento do FGTS dos funcionários.

Poucos metros à frente, elas foram abordadas pelos bandidos.

Vítima relata momentos de terror

Estou em choque, ainda muito tensa, cheia de dores no corpo, todos os dias passa um filme na minha cabeça. Preciso tomar remédio pra dormir. Minha filha mais nova, de cinco anos, está traumatizada.

A vítima conta que assim que foram abordadas, ela e a outra filha mais velha, os criminosos assumiram o comando do carro e seguiram para a serralheria.

No local, assim que se depararam com as mulheres rendidas, os funcionários que trabalhavam no momento do assalto se assustaram e fugiram para acionar a polícia.

O marido, que é dono do estabelecimento, tentou ajudá-las e foi aí que os bandidos dispararam contra ele, que felizmente não foi atingido.

O tempo todo eles perguntavam pelo malote. Mas eu não ando com dinheiro no carro, não guardo em casa, nem na serralheria.

Segundo a vítima, ao perceberem que não iam conseguir o que queriam, a colocaram novamente no veículo, com medo que os funcionários tivessem conseguido falar com a polícia.

A filha dela continuava no carro, abordada por outro integrante da quadrilha.

Assim que assumiram a direção e saíram do local, ficaram perdidos, sem saber exatamente o que fazer.

Eles ficaram nervosos, principalmente porque não estavam conseguindo configurar o aparelho de GPS. Tentaram utilizar o serviço com o meu telefone e depois com o da minha filha. O destino era Niterói e o tempo todo eles falavam com uma outra pessoa para saber o endereço que seria o nosso cativeiro.

Ela ainda conta que no momento em que passavam por Banquete, havia um sistema de pare e siga. Um carro de polícia estava atrás do nosso. Foi um momento de tensão.

Eles falavam o tempo todo que se a polícia chegasse, eles fugiriam pra mata ou se entregariam. Queriam saber se tinha entrada para alguma favela em Friburgo. Quando avistaram outro carro de polícia, perto do pedágio, fizeram minha filha e eu de escudo.

Logo à frente, havia uma barreira da polícia e teve, então, início a perseguição. Um deles acertou o pneu do carro onde as vítimas estavam, que perdeu a velocidade aos poucos e permitiu o resgate das mulheres.

Final feliz

Felizmente, a operação terminou com os suspeitos presos e nenhuma pessoa ferida. As vítimas acreditam que o sucesso do trabalho está relacionado à rapidez e ao profissionalismo deles.

E dizem ser gratas pelo desfecho do caso:

Eles foram heróis pra gente. Agradeço muito a Deus e a eles por terem nos salvado. Se não fosse a rapidez deles, hoje a gente poderia não estar aqui, poderia estar dentro de um cativeiro, dentro de uma favela.

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