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Tarcísio Motta: “Queremos criar incentivos para a economia da Região Serrana”

Candidato do PSOL ao governo do estado fala ainda sobre planos para a educação e critica a atual política estadual de segurança pública

Por Matheus Oliveira
30/08/18 - 15:01
Tarcísio Motta: “Queremos criar incentivos para a economia da Região Serrana” Tarcísio Motta pretende incentivar a produção do interior e mudar a forma de se trabalhar a segurança no estado. | Foto: Divulgação/Redes Sociais

Vereador do Rio de Janeiro, um professor com história de luta pela classe e que se coloca como alternativa à velha política praticada no Rio de Janeiro. Motivado pela votação obtida em 2014, o candidato do PSOL ao Governo do Estado, Tarcísio Motta, pretende, Segundo ele, implantar uma nova prática na política fluminense.

“O resultado de 2014 foi, de fato, animador. Fizemos uma campanha linda por todo o estado e, mesmo sendo minha primeira candidatura, conquistei mais de 700 mil votos. Mas o que mais me motiva é mostrar para população que, com vontade política, é possível tirar o estado do buraco. Em todas as entrevistas que tenho dado, digo que o Rio tem jeito. E não falo isso porque virou slogan de campanha, não... Minha candidatura não tem marqueteiro. Falo que o Rio tem jeito porque acredito nisso mesmo. Como? Combatendo a velha política, aquela que só funciona na base da troca de favores, que favorece apenas os poderosos de sempre e que retira direitos. Quero enfrentar, como já faço na Câmara do Rio, as máfias que deixam nosso estado doente”, revelou.

Economia na Região Serrana

Em entrevista ao Portal Multiplix, Tarcísio Motta falou sobre suas propostas para diversas áreas e destacou que pretende ampliar os benefícios fiscais para os setores importantes, investir em infraestrutura e criar um Polo de Produção Orgânica de Hortaliças na Região Serrana.

“Vamos implementar planos regionais de desenvolvimento social em cada região do estado, considerando o meio ambiente, as culturas locais, a soberania alimentar e a matriz socioeconômica de cada localidade. No caso da Região Serrana, vamos ampliar os benefícios fiscais para o setor têxtil e metal mecânico, criar um Polo de Produção Orgânica de Hortaliças e investir em obras de construção civil nas áreas de mobilidade e saneamento ambiental”, destacou.

Educação

Como educador, o vereador do Rio de Janeiro afirma que irá adotar medidas para transformar as escolas estaduais através de projetos integrados de esporte, arte e cultura com toda a comunidade escolar, além de valorizar os servidores da educação.

“Na última década, os governos Cabral e Pezão fecharam mais de 200 escolas, arruinaram a rede Faetec e faliram as universidades estaduais. Sou professor e posso garantir que a nossa prioridade será investir na qualidade da educação dada aos nossos jovens. Queremos transformar as escolas em polos de produção de pensamento crítico, preservação da memória dos bairros e promoção da cultura popular e planejamos fazer isso por meio da integração de projetos de esporte, arte e cultura aos programas de educação, além de incluir toda comunidade escolar – alunos, pais, funcionários e professores – na construção de programas educativos. Paralelamente a isso, vamos promover a valorização salarial dos profissionais da educação, que contarão com um plano de cargos unificado”, disse. 

“Com relação ao ensino superior, Uerj, Uezo, Uenf e os Institutos Superiores de Educação precisam ser valorizadas como importantes centros de formação, pesquisa e inovação. A rede pública de ensino superior do estado deve servir como um vetor de desenvolvimento estratégico que pode, inclusive, nos ajudar a sair da crise e elaborar soluções criativas para resolver os problemas de desemprego no Rio. Nossa principal medida será garantir autonomia financeira para as universidades estaduais, com a ampliação dos recursos públicos reservados ao ensino, à pesquisa e à programas de extensão, destinando, desde o primeiro ano, 6% da receita do Governo do Estado para as universidades estaduais. Além disso, vamos garantir instalações e equipamentos adequados nas unidades da rede. E vamos expandir o ensino superior estadual público para o interior, garantindo a qualidade da educação, a integração entre ensino, pesquisa e extensão e a ampliação da oferta de vagas em cada região do estado”, destacou.

Segurança Pública

 Tarcísio Motta aproveitou para criticar a política de Segurança Pública do governo Pezão, afirmando que irá modernizar a gestão e integrar os órgãos de segurança.

“Não vamos insistir nessa política de segurança falida, que trata a favela como território inimigo e mata pobre todo o dia. Esse modelo não gera segurança. Pelo contrário, gera medo, violência e sofrimento, em especial para a juventude negra que está sendo exterminada. E isso a um custo enorme para os cofres públicos. Só na ocupação da Maré em 2014 foram gastos R$600 milhões. E a previsão de gastos para a intervenção esse ano ultrapassa a marca de R$1 bilhão. É preciso mudar o modelo como um todo. Vamos modernizar a gestão, integrar os diferentes órgãos de segurança e priorizar o combate ao tráfico de armas. Os agentes de segurança serão ouvidos e, junto com eles, vamos melhorar suas condições de trabalho. Queremos valorizar o salário dos servidores e garantir planos de carreira dignos. Além disso, vamos aprimorar o controle externo e fazer uma limpa nas instituições para retirar das ruas os agentes envolvidos com grupos criminosos. Nosso objetivo será reduzir os índices de violência, em especial, homicídios e estupros, e construir uma rede pública de apoio, acolhimento e denúncia para familiares e vítimas”, relatou.

Por fim, o professor afirmou que a Intervenção Federal no Rio de Janeiro foi uma jogada eleitoreira do presidente Michel Temer.

“A intervenção nasce de uma jogada eleitoreira do Temer planejada com sua equipe de marqueteiros que aproveitou a falência do governo Pezão para tentar se autopromover. O plano estratégico das Forças Armadas só foi elaborado três meses depois da intervenção começar. Desde então, as chacinas aumentaram e a apreensão de fuzis caiu. É muito tiro e pouca inteligência. De março para cá a polícia já matou mais de 600 pessoas. Isso significa que o Estado mata uma pessoa a cada 6 horas. E já morreram mais de 50 agentes de segurança desde o início da Intervenção Militar. Temos a polícia que mais mata e mais morre no mundo. Mas nada disso é novidade. O Rio é um laboratório de intervenções militares desde a Rio-92. Só na última década, o Exército esteve no Morro da Providência em 2008, no Alemão em 2010, na Maré em 2014 e na Rocinha em 2017. Chega de tratar o Exército como polícia e a polícia como exército. Isso não funciona em lugar nenhum do mundo. O Rio não precisa de intervenção, mas de outra política de segurança pública”, afirmou.


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