Entidades empresariais pedem a abertura do comércio e dos serviços em Nova Friburgo

Diante da repercussão do movimento "Mais Comércio", que pede a abertura de estabelecimentos não essenciais, mesmo proibidos de funcionar devido às medidas de restrição em vigor, a Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf) realizou reunião virtual na manhã desta segunda, 5. De acordo com a entidade, participaram cerca de 70 empresários dos mais diversos segmentos.

Ainda segundo comunicado emitido pela Acianf, o presidente Júlio Cordeiro fez um apelo para que os empresários não realizassem hoje a abertura de seus estabelecimentos e aguardassem o posicionamento da prefeitura.

Júlio também advertiu sobre os riscos da abertura forçada das empresas, contrariando a lei, como a cassação do alvará de funcionamento, multas e até mesmo uma possível reação negativa por parte da população, pelo descumprimento do decreto em vigor.

A Acianf pediu a abertura do comércio, com medidas de prevenção mais severas, e junto a outras entidades de classe do município está articulando, segundo o comunicado, isenção de impostos às empresas de Nova Friburgo.

“A Acianf entende que dimensão do movimento ‘Mais Comércio’ contribuiu muito para que o prefeito antecipasse as decisões e convocasse uma reunião excepcional com o Comitê Operativo de Emergência em Saúde (COE), às 17 horas de hoje, provavelmente para tratar do novo regramento da bandeira”, diz trecho do informe divulgado pela associação.

Reunião no último sábado

Entidades representativas do comércio, dos serviços e da indústria participaram de encontro no sábado, 3, com prefeito Johnny Maycon. Na ocasião, CDL/Sincomércio, representados pelo presidente Braulio Rezende, Acianf, representada por Júlio Cordeiro, e Firjan, capitaneada por Márcia Carestiato, defenderam algum grau de flexibilização, que permita o funcionamento das lojas de rua e dos shopping centers ainda nesta semana.

De acordo com comunicado enviado à imprensa, Braulio argumentou que, após seguidos feriados em atendimento ao decreto nº 939, o anúncio da bandeira roxa para o período de 5 a 11 de abril deixou os empresários do comércio profundamente apreensivos com a falta de perspectiva de volta ao trabalho. Ele revelou que o prefeito foi receptivo ao pleito e também admitiu preocupação com a economia do município.

“Várias empresas já fecharam, outras estão em situação crítica e mesmo as que conseguiram sobreviver até aqui começam o mês sem saber como honrar uma infinidade de compromissos, como salários dos empregados, fornecedores, água, luz, telefone, impostos. O prolongamento deste cenário inviabilizará mais um grupo grande de negócios friburguenses”, observou ele.

O presidente da CDL e do Sincomércio comentou que as entidades prezam pelo diálogo franco e pretendem manter relacionamento de confiança com o Poder Executivo municipal.

“Os comerciantes se sentem injustiçados porque assistem a filas em supermercados e bancos, ônibus lotados e outros locais de aglomeração, enquanto se veem proibidos de abrir suas lojas, onde entram um ou dois clientes por vez. O comércio lamenta muito o número de óbitos e doentes internados, torce para que a vacinação seja acelerada, mas quer trabalhar, com os cuidados necessários. Em Nova Friburgo, milhares de famílias dependem do nosso setor”, acrescentou Braulio Rezende.

Veja outras notícias da Região Serrana do Rio no Portal Multiplix.