Confira como o novo coronavírus vem impactando a economia fluminense

Dólar a R$5,00, possibilidade de aumento de preços, bolsa em queda, perda de investimento, risco para empresários fluminenses e queda na ocupação de hotéis na Região Serrana. Assim, o novo coronavírus, o covid-19, impactou não apenas a saúde, mas também, e principalmente a economia fluminense.

De acordo com o investidor friburguense e consultor financeiro da Delta - Inteligência Financeira, Gabriel Alves, afirma que a instabilidade da bolsa de valores gerou perdas para os investidores.

Ele afirma que o investimento depende do perfil do investidor que varia entre conservador, moderado e arrojado, onde se varia a alíquota de investimento em renda fixa, variável ou um equilíbrio.

“Acredito que para investir, principalmente o investidor arrojado, deve estar consciente da volatilidade do mercado. Além disso, é necessário ter um capital em caixa para o caso de uma queda na bolsa como é o caso em que vivemos em razão do novo coronavírus e também da guerra no peço do petróleo. Costumo dizer que para investir na bolsa de valores, é necessário ter estômago e se planejar bem”, revela Gabriel, confessando que teve perdas com o atual cenário.

Gabriel explica ainda que uma carteira de investimento é dividida por caixas, venda fixa e mercado de ações. E faz um alerta para proteger seus investimentos.

“Quando ocorrem quedas como essa, existem formas de proteção. Normalmente, as pessoas compram ações baratas e querem vender mais caro, logicamente. Em situações excepcionais, pode se apostar contra o mercado. Pois caso ele tome um rumo indesejado, você pode resgatar recursos e ter sua rentabilidade protegida”, afirma.

O profissional de economia afirma que este é o momento de marcar posição e investir em empresas que possuem estruturas consolidadas.

Comércio preocupado

Para os comerciantes, esses efeitos devem ser imediatos e já geram transtornos, com o Rio de Janeiro em situação de emergência e quarentena forçada. Para avaliar como os empresários fluminenses estão vendo os riscos aos seus negócios, em decorrência do coronavírus, o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) realizou um estudo com 427 empresários de todo o estado.

O levantamento mostrou que 57,1% dos entrevistados veem algum risco para o seu negócio em decorrência da disseminação do vírus. Para esse grupo, o tamanho do risco é moderado (39,7%), alto (30,6%) e muito alto (19,1%).

O maior receio dos empresários é a falta de demanda por parte dos consumidores (67,5%), uma vez que muitos fluminenses estão limitando suas saídas. Para 34,5% dos consultados, a interrupção no abastecimento de insumos necessários para sua atividade é o que mais preocupa. Outros 33,5% acreditam que a possível falta de funcionários, por conta do vírus, pode prejudicar o seu negócio.

A pesquisa também mostrou que 83% dos empresários do estado do Rio percebem mais de um tipo de risco em decorrência do coronavírus. O IFec-RJ vai continuar monitorando a citação e analisando o impacto na economia do estado do Rio de Janeiro.

A Fecomércio-RJ informa ainda que está em contato com os sindicatos de todo o estado para orientar sobre as medidas de precaução para evitar a contaminação do novo coronavírus, conforme orientações do Ministério da Saúde.

Quedas no turismo e hotelaria

Outros setores que contribuem para a economia como hotelaria e turismo também estão sendo afetados. Segundo o presidente do Convention & Visitors Bureau, Edson Almeida, os decretos e adiamentos trouxeram perdas significativas.

“Os cancelamentos e a quarentena forçada vêm reduzindo drasticamente a ocupação dos hotéis. O que paralisa a economia. Além disso, a empresa de eventos em que trabalho, teve de adiar um evento, em razão desta pandemia. Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados, mas foram significativos”, afirma Edson.