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Salas de cinema de Nova Friburgo reabrem na próxima quinta-feira, 10

Informação foi confirmada pelo diretor da rede Cine Show. Confira entrevista com cineasta a respeito do futuro das salas de exibição no Brasil

Por Matheus Oliveira
07/06/21 - 12:55
Salas de cinema de Nova Friburgo reabrem na próxima quinta-feira Salas de cinema convivem com incertezas em meio à pandemia | Foto: Banco de Imagem

Os impactos econômicos da pandemia de Covid-19 mudaram a rotina de muitas empresas e obrigou a reinvenção de diversos setores no Brasil e no mundo. Entre eles, está a indústria cinematográfica.

Em Nova Friburgo, na Região Serrana, durante a maior parte da pandemia os cinemas ficaram fechados. Entretanto, na última sexta-feira, 4, a prefeitura publicou no Diário Oficial eletrônico um novo decreto que autoriza a partir desta segunda o funcionamento das salas no município, das 10h às 23h, com 30% da capacidade de ocupação.

Os cinemas devem adotar um espaço mínimo de uma poltrona entre os clientes e o consumo de alimentos e bebidas no interior das salas está proibido.

A reportagem do Portal Multiplix conversou por telefone com o diretor da rede Cine Show, Ricardo Celles, que informou que as salas de exibição em Nova Friburgo serão reabertas na próxima quinta-feira, 10. "Vamos reabrir na quinta com o intuito de reaquecer o mercado", afirmou.

Entretanto, Ricardo criticou o trecho do decreto que proíbe o consumo de bebidas e alimentos no interior das salas, o que impede o funcionamento das bomboniéres.

"É injusto que o setor de alimentação dos cinemas não possa abrir enquanto bares e restaurantes estão funcionando. Quero reivindicar e pedir ao prefeito a abertura integral do setor", disse.

"Eu gerencio franquias em outras cidades que estão com os cinemas e as bomboniéres funcionando normalmente e respeitando as restrições, como Teresópolis, Resende e Barra Mansa", complementou.

Futuro das salas de cinema

Nestas circunstâncias, a reportagem do Portal Multiplix também tentou buscar a resposta para a seguinte pergunta: qual será o futuro das salas de cinema em todo o país?

Segundo o Sindicato dos Exibidores do Estado do Rio de Janeiro, as salas de cinema no estado ficaram 90% mais vazias em janeiro de 2021 em comparação com mesmo período do ano passado.

Depois disso, em razão da segunda onda de casos e óbitos por Covid-19, as salas voltaram a ser fechadas, como em Nova Friburgo.

Para o cineasta Leo Arturius, a pandemia trouxe dificuldades para as franquias que administram as salas de cinemas em todo o país, mas vê a indústria cinematográfica se reinventando.

Para ele, ir ao cinema é uma experiência coletiva, que fica praticamente impossibilitada de ocorrer enquanto durar a pandemia, visto que o ambiente pode ajudar a disseminar o novo coronavírus.

Neste cenário, com as pessoas passando mais tempo em casa, quem vem fazendo sucesso são os serviços de streaming. O cineasta acredita que essa modalidade de ver filme veio para ficar, mas que não substituirá a experiência das telonas.

“O streaming é um depósito de filmes, pois ocorre uma divulgação da obra perto da data de inclusão no catálogo. A publicação fica na primeira página do streaming, mas depois, se você deixar passar, você não faz a menor ideia de onde ela está. Isso porque ainda existe uma preocupação com quantidade. Então, eles buscam incluir 2.000 ou 3.000 publicações e ninguém sabe de todas as películas que existem ali”, diz.

Leo alerta ainda que a quantidade de tipos de streaming tende a diminuir até pelo custo que isso gera para o consumidor. “O futuro do streaming são suas produções originais com obras incríveis que valem muito à pena. Mas ser apenas um catálogo que reproduz obras das salas de cinema, vai tornar o produto vazio e sem atratividade”, declara.

O cineasta acredita que o impacto da pandemia no setor ainda é imensurável, mas faz um alerta para que as franquias repensem o serviço oferecido aos clientes.

“Há uma coisa a se pensar que é no quanto elas precisam alterar sua relação com o cinema e com o público. A pessoa sai de casa e vai pagar R$ 30 para ver o filme, mais R$ 30 de pipoca, o lanche e o estacionamento. É caro. Pense nas nossas salas. Se você não tem interesse em ver um filme, não tem porquê ir até aquele espaço”, ressalta.

“O público vai voltar. Mas as pessoas estão se acostumando a ver lançamentos como “Godzila vs Kong” no conforto de casa. Assim, a pandemia deixa a lição de que precisamos nos cuidar e as salas precisam se reinventar”, conclui Leo.

Veja outras notícias da Região Serrana do Rio no Portal Multiplix.


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