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Histórias Viajantes: professora leva contação de histórias a diversas cidades da região

Projeto teve início há 11 anos e já visitou 14 municípios do estado

Por Luisa Machado
31/07/19 - 10:02
Professora leva projeto de contação de histórias a diversas cidades da região Marisa, ao centro, está a frente do projeto Histórias Viajantes que leva contação de histórias às cidades da região | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Era uma vez, um projeto de incentivo à leitura que tinha como objetivo levar a contação de histórias às escolas, como forma de estimular a formação de crianças leitoras. Parece um conto de fadas moderno, mas essa é a proposta das Histórias Viajantes, iniciativa lançada em Bom Jardim, em 2008. Até hoje, o projeto já visitou 14 cidades do interior do estado e conquista o público por onde passa.

A professora Marisa Maia, idealizadora do projeto, acredita que quem iniciou o processo de globalização no mundo foram os contadores de histórias, já que a prática existe desde quando os primeiros povos começaram a se comunicar, e foi através da técnica que o ser humano conseguiu registrar trocas de experiências e desenvolver habilidades. Para ela, a valorização dessa arte é essencial para desenvolver a criatividade e a capacidade imaginativa das pessoas.

“O conjunto milenar de sabedoria e cultura, passado oralmente de pessoas a pessoas é a Oratura - avó da literatura. Então, não é de se estranhar que em tempos em que vivemos uma certa crise, do excesso de informações à carência de conhecimentos, esteja acontecendo um movimento de resgate da figura daquele que conta histórias e, com elas, transmite sabedorias, humor, críticas. Histórias educam, provocam e inspiram!”, afirma Marisa.

No seu início, as Histórias Viajantes eram um projeto ligado à Prefeitura Municipal de Bom Jardim, na Região Serrana do Rio de Janeiro. De escola a escola do município, Marisa passeava em uma kombi, levando, em cada encontro, uma nova história para os alunos.

Com o crescimento da iniciativa, Marisa começou a receber propostas de outros municípios e, também, da iniciativa privada. Foi aí que ela decidiu, com a chancela da prefeitura, assumir o projeto como pessoal, recebendo apoio da iniciativa privada.

Logo nos primeiros anos de Histórias Viajantes, o projeto já tinha ultrapassado a linha de 3 mil espectadores em suas apresentações. Em 2014, o Histórias Viajantes recebeu o 2º lugar no Prêmio Ricardo Oiticica de Práticas Leitoras, Categoria Oralidade, por seu destaque em ações de promoção de leitura.

Personagens das Histórias Viajantes se preparando para gravação de vídeoPersonagens das Histórias Viajantes se preparando para gravação de vídeo | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Foi em uma apresentação do projeto em 2017, em uma escola localizada na área rural de Bom Jardim, que Marisa percebeu que era necessário se modernizar. “Como acontece muitas vezes, ao final da apresentação as crianças me cercam e perguntam quando eu vou voltar. Fico com peninha, digo que espero poder voltar um dia. Nesse dia, duas alunas, de uns 9 anos, falaram assim: “Tem problema, não. Dá o endereço do seu canal que a gente continua vendo você lá!” E foi assim que nasceu um novo desdobramento, o canal das Histórias Viajantes”.

Em uma parceria estabelecida com o produtor audiovisual Luciano Santos, que já havia desenvolvido um documentário sobre a bibliogaragem (na kombi) - projeto de leitura que funciona paralelamente às apresentações -, o canal Histórias Viajantes, na plataforma de compartilhamento online, YouTube, também passou a ser produzido por Luciano.

Personagens das Histórias Viajantes antes de gravação de vídeoPersonagens das Histórias Viajantes antes de gravação de vídeo | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Agora podendo ser acompanhadas pelos fãs das histórias contadas nos palcos offline e nas plataformas online, as Histórias Viajantes seguem despertando a imaginação e as emoções de pessoas de todas as idades.

A leitura tem muitos modos e caminhos. Um deles é que quando você lê para alguém, a pessoa está lendo também, porque quem lê é o cérebro! Olhos, dedos, ouvidos são canais para a comunicação. Isso é fantástico, porque quando leio para um analfabeto, por exemplo, ele também está tendo a oportunidade de ler.

Marisa completa ressaltando a importância do incentivo à leitura e à contação de histórias. “Se quiser que os seus filhos sejam inteligentes, conte histórias para eles. E conte mais histórias ainda se quiser que eles sejam brilhantes!”, finaliza.


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