Do ateliê em Friburgo para o mercado internacional: artista participa da maior feira de arte da América Latina

Ela é friburguense de coração e vive na cidade desde os três anos de idade. Sheila Mancebo escolheu a arte como uma forma de dar sentido em tudo que a rodeia e, para ela, é um estímulo para pensar e agir, de forma particular.

A arte pode transformar o modo como encaramos nossa rotina, quando ela nos toca profundamente.

O trabalho artístico de Sheila é diversificado, mas o que ela desenvolve com papel ou fibra de poliéster, recortes, dobras e cores, tem uma expressão inconfundível. O resultado é infinito.

Foi através desta série que ela participou recentemente de uma importante feira internacional de arte, SP-Arte, que reúne todo ano em São Paulo, galerias, artistas, colecionadores e compradores de arte, do mundo todo.

Pela primeira vez, a artista participou da SP-Arte | Foto: Divulgação/Sheila Mancebo

Sheila trabalha em seu ateliê em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, e participou expondo pela primeira vez da SP-Arte deste ano.

Ela afirma que suas criações podem ser classificadas como ‘Op Art’, e que sua obra instiga o observador a se movimentar para visualizar as inúmeras características visuais que vão se modificando, a partir deste deslocamento.

Obra da artista causa uma ilusão de ótica | Foto: Divulgação/Sheila Mancebo

Para entender mesmo, é melhor estar bem perto de um quadro da Sheila, para se intrigar com a imagem que causa uma ilusão de ótica.

Ela explica:

Nesta série, faço uso de pequenos círculos que se repetem e preenchem toda a superfície.

Sheila corta o papel (a fibra de poliéster) e dobra, formando diversos círculos, ora no material branco ora de uma cor só, ou então em duas cores, para causar um outro efeito visual.

O trabalho de cortes e dobras, depois de finalizado, é colocado em caixas de acrílico e encanta o observador. Nem é preciso entender de arte para ficar mesmerizado com a obra.

Artista cria suas obras no ateliê em Friburgo | Foto: Divulgação/Sheila Mancebo

É um trabalho de rigor construtivo, com gestos que rasgam a matéria, deixando que o espaço e a luz penetrem. São vazios e faltas que fazem o trabalho respirar, gerando uma sensação de energia e um sentido visual de movimento.

Quando a obra tem cor, ela se inscreve no trabalho e acentua o elemento de vibração, dando uma identidade que se divide entre a pintura e a escultura.

Independente da leitura e como a pessoa enxerga a obra, o trabalho de Sheila Mancebo é sempre hipnótico e encantador.

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