Artistas de Friburgo fazem audiência pública para exigir reabertura de espaços culturais
Objetivo é resgatar locais abandonados e criar uma política pública para o setor na cidade
16/11/22 - 16:57

A denúncia do abandono e sucateamento dos equipamentos culturais de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, apontados por alguns artistas da cidade, vai reverberar mais alto a partir da próxima segunda-feira, dia 21, na audiência pública marcada para acontecer às 18h, na Câmara Municipal.
O pedido de audiência foi feito por um grupo formado por artistas e professores, para buscar respostas oficiais de demandas no setor cultural na cidade. Os principais pontos de cultura estão fechados e em deterioração. Além disso, o Conselho Municipal de Cultura está parado desde abril, de acordo com os organizadores do encontro.
O ator e diretor Lincoln Vargas, uma das lideranças do movimento, afirmou que o objetivo do grupo é ativar o setor:
A gente está reivindicando os espaços que estão fechados. E não é só: a cultura em Nova Friburgo está sucateada, não temos conselho municipal e o diálogo com a secretaria é difícil”.
Projeto prevê reabertura de espaço somente no próximo ano | Foto: Regina Lo Bianco
A ideia de promover a audiência pública, segundo o artista, é chamar atenção das autoridades para exigir respostas e esclarecimento sobre o andamento de situações como a do Teatro Municipal, fechado desde o ano passado, e do Centro de Arte, que já teve várias promessas de reabertura.
Lincoln ainda fala sobre a retomada do funcionamento do conselho, fundamental para a participação nas leis de inventivo. E ainda pontua:
Precisamos de repostas e além disso, que aconteçam ações.
Centro de Artes está fechado desde 2011, após as fortes chuvas que atingiram a cidade | Foto: Daniela Santi
A solicitação da audiência foi recebida e marcada pela vereadora Maiara Felício (PT), que é presidente da Comissão de Educação e Cultura.
Na pauta da audiência, a situação dos principais pontos de cultura na cidade: Centro de Arte, Teatro Municipal, Casarão de Riograndina e Praça CEU, em Olaria.
Os responsáveis pelo movimento pró-cultura querem a participação da população e da classe artística. O objetivo é lotar o plenário da Câmara.
Cada um dos organizadores da audiência vai fazer uma apresentação dos temas que o grupo considera mais importantes.
A diretora de teatro Daniela Santi, que em 2020 começou o movimento 'Volta Centro de Arte', afirmou que espera que os vereadores se posicionem diante do problema.
O grupo acredita que o encontro entre vereadores, autoridades, artistas e população em geral, vai chamar mais atenção para a questão e incentivar a criação de uma política para o setor.
Casarão de Riograndina também sofre com o abandono | Foto: Reprodução/Portal Multiplix
O professor Jefferson Cunha, também articulador do movimento, revelou que a insatisfação é grande porque avalia que os impasses são inúmeros e 'as soluções são simples'.
Não sabemos o que vai acontecer na audiência, mas o que a gente sabe é que não vamos parar por aí.
Além de prejuízos no setor e consequências graves como falta de espaços de trabalho, a situação traz outros impactos, porque os pontos de cultura também têm um papel social no município.
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