Uso excessivo de celular pode causar insônia, dores e outros problemas de saúde
Pesquisa aponta que o Brasil é o segundo país onde as pessoas passam mais tempo no celular
14/03/22 - 10:23
Atualmente, é mais do comum andar pelas ruas e observar que praticamente todas as pessoas estão com pelo menos um celular na mão. Seja para trabalho ou lazer, o uso do aparelho é quase indispensável.
Mas a psicóloga Mariana Faria, de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, alerta que o uso excessivo desses dispositivos pode trazer danos para a saúde.
“Passar tempo demais na frente da tela pode causar problemas para a nossa saúde mental e precisamos estar atentos a esta questão. Insônia, vício e dor de cabeça são só alguns dos sintomas mais aparentes”, explica.
De acordo com uma pesquisa divulgada em fevereiro desse ano pela “Data AI”, que reúne dados do consumidor e estimativas de mercado digital, o Brasil foi o segundo país que mais passou tempo no celular em 2020, se comparado com o ano de 2019.
O tempo de uso por aqui foi de mais de quatro horas por dia. O primeiro colocado é a Indonésia, onde o uso do celular chega a passar de cinco horas.
Brasil é o segundo país onde as pessoas passam mais tempo ao celular | Foto: Banco de Imagem
No Brasil, o tempo médio mensal gasto por usuários entre os principais aplicativos de redes sociais foram: o WhatsApp, Facebook, Instagram, TikTok e, por fim, o Twitter.
A pesquisa também aponta os serviços de streaming que foram mais baixados nos celulares. A Netflix ficou na primeira colocação, seguida pela Amazon Prime Vídeo.
Os jogos não ficaram de fora da pesquisa. Free Fire, Roblox e Among Us! foram os games que usuários fizeram mais download no ano passado.
Com relação às finanças, os principais aplicativos baixados pelos brasileiros foram os da Caixa Econômica Federal, como o Caixa Tem, por onde beneficiários receberam o Auxílio Emergencial do governo federal durante a pandemia do novo coronavírus.
Os apps de compras também entraram no radar do brasileiro, assim como os de delivery e de estudos.
Aplicativos mais baixados pelos brasileiros | Foto: Reprodução/Data AI
A estudante Giullia Henriques, de 14 anos, explica que usou o celular com muito mais frequência durante a pandemia, mas teve que diminuir o ritmo.
"Geralmente passo boa parte do tempo no Instagram e Youtube. Já deixei de usar o celular por chegar à conclusão de que estava usando o aparelho mais do que deveria. Agora, com a volta às aulas, uso o celular com uma frequência pequena”, conta.
A psicóloga explica que quando a pessoa chega a um ponto extremo é necessário buscar ajuda.
“Quando você se propõe a ficar sem o celular e não consegue, é preciso falar sobre isso, modificar essa realidade enquanto é tempo. Não é que devemos nos abster de seu uso, mas usar este benefício a nosso favor."
Por quanto tempo do seu dia você sente a necessidade de usar o aparelho? Fica até tarde utilizando o aparelho sabendo que precisa acordar cedo no dia seguinte? Mariana lembra que esses são hábitos muito prejudiciais e que devem ser observados e modificados o quanto antes.
Experimente passar algumas horas ou um dia sem celular e veja o que vai acontecer. Não se permita ser dominado pelo aparelho, esteja no controle.
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