Em Israel, prefeito de Nova Friburgo passa a madrugada em bunker após alertas de emergência
Johnny Maycon (PL) foi ao país a convite do governo israelense para uma viagem de estudos

No início da manhã desta sexta-feira, 13, no Brasil, o prefeito de Nova Friburgo, Johnny Maycon (PL), usou as redes sociais para mostrar o momento em que se dirigia a um bunker, no campus da Universidade de Beit Berl College, na cidade de Kfar Saba, em Israel.
Segundo o chefe do Executivo friburguense, era por volta das 3h, em Israel, quando começaram a soar alarmes de emergência:
A gente está indo para um ambiente seguro e protegido. A gente percebe bastante tensão, mas faz parte do dia a dia de Israel.
Johnny Maycon foi ao país devido um convite do governo israelense para uma viagem de estudos. Ele solicitou afastamento temporário do cargo de 9 a 21 de junho.
No vídeo, o prefeito relatou as orientações recebidas desde a chegada:
Evidentemente que a gente fica bastante receoso, preocupado, mas desde o primeiro dia a gente é orientado que, quando tem esse tipo de alerta, a gente precisa imediatamente ir para um ambiente seguro.
Junto com Johnny Maycon, outras autoridades brasileiras, como os prefeitos de Belo Horizonte, Álvaro Damião (União), e de Macaé, Welberth Rezende (Cidadania), também precisaram se abrigar no bunker.
Na legenda da postagem, o friburguense diz que há conversas internas, buscando diálogo com as embaixadas do Brasil e Israel, a fim de encontrar "o melhor caminho para que (...), assim que possível, retornar para o Brasil com segurança".
O prefeito de Nova Friburgo ainda não deu um novo posicionamento sobre a situação no local. Porém, já no meio da manhã desta sexta, o chefe do Executivo de Belo Horizonte afirmou pelas redes sociais que eles já foram liberados do bunker, onde passaram a toda a madrugada, para irem aos quartos.
Ao Portal Multiplix a Prefeitura de Nova Friburgo informou:
O contato com o Itamaraty já foi feito, diretamente ao Ministério das Relações Exteriores e também à representação do Itamaraty no Rio de Janeiro, solicitando apoio na repatriação da Comitiva Brasileira em Israel, composta por 16 autoridades. (...) A data inicialmente prevista para retorno da comitiva era na madrugada de 20 para 21 de junho. Ainda não temos confirmação sobre antecipação do retorno, considerando que o espaço aéreo na região está fechado.
A situação
Durante a madrugada de sexta-feira, 13, Israel iniciou um ataque ao Irã. Em uma publicação da Embaixada de Israel no Brasil, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se pronunciou sobre a ação:
Momentos atrás, Israel lançou a Operação Lion Rising, uma operação militar com o objetivo de reverter a ameaça iraniana à própria sobrevivência de Israel.
Netanyahu afirmou ainda que a operação "continuará por quantos dias forem necessários".
Em outra publicação, a Embaixada de Israel no Brasil afirma que "o Irã é uma ameaça global. Israel não é o objetivo final, é apenas o começo. Não tivemos outra escolha a não ser agir".
Também pelas redes sociais, o perfil oficial da Embaixada do Irã no Brasil publicou um vídeo do presidente da República Islâmica do Irã, Masoud Pezeshkian, se manifestando sobre a situação:
Este ato bárbaro, que viola todos os compromissos internacionais, confirma a natureza criminosa do regime sionista, cuja existência é fundada na ocupação, na agressão e no assassinato de crianças.
Ele ainda declara que "o povo iraniano e as autoridades do país não permanecerão em silêncio diante desse crime".
Itamaraty emitiu nota à imprensa na manhã desta sexta-feira, 13 | Foto: Gerson Gonçalo
Em nota à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores declarou:
"O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional.
Os ataques ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial.
O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades."
A reportagem questionou o Itamaraty sobre o que será feito em relação aos políticos do país e outros brasileiros que estão em Israel, mas ainda não teve retorno.
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