Às vésperas da Copa, febre da troca de figurinhas cresce em Nova Friburgo
Colecionadores chegam a gastar mais de R$ 1 mil para completar álbum
Os brasileiros estão em contagem regressiva. Faltam pouco mais de duas semanas para a Copa do Mundo, que terá início no domingo, dia 20, no Catar.
E, neste período, um fenômeno mundial tem reunido crianças e adultos.
Em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, todo fim de semana o cenário se repete.
Diversos locais da cidade viram pontos de encontro para troca das tradicionais figurinhas da Copa do Mundo.
A avenida Alberto Braune, no Centro, é um desses lugares.
Aos domingos, principalmente, em determinado espaço, dezenas de pessoas se aglomeram para trocar as tradicionais figurinhas.
E tem ainda aqueles que acabam transformando o momento em oportunidade de negócio.
Matheus Sá comercializa as figurinhas que colecionadores têm dificuldades de encontrar | Foto: Reprodução/Portal Multiplix
Como é o caso de Matheus de Sá. Ele montou uma pequena banca no local e oferece a oportunidade para que os interessados consigam determinadas figurinhas, as consideradas mais difíceis de comprar e que, por ventura, o colecionador não encontrou na troca.
Ele diz que esse era um hábito que o pai tinha desde a Copa de 72 e manteve até 2022. Agora, ele e o irmão dão continuidade ao legado.
Mais de oito mil figurinhas já passaram pelas mãos dele, desde quando o álbum foi lançado.
Geralmente, isso acontece à base de troca, mas quando não consigo desta forma, consigo através de fornecedor. Tem figurinhas que são raras, bem difíceis de encontrar. Uma delas é a do Neymar ‘de ouro’, que chegou, no começo, a ser vendida por R$ 9 mil. Apenas 300 delas foram distribuídas no mundo todo.
Miguel está otimista com a vitória do Brasil | Foto: Devid Gonçalves/Arquivo pessoal
O pequeno Miguel Gonçalves, de 11 anos, está empolgado com as figurinhas, principalmente, por ter completado seu primeiro país, que coincidentemente é o Brasil.
Ele acredita que isso é um sinal de sorte e que o país vai ser campeão.
O pai dele, Devid Gonçalves, diz que além de comprar as figurinhas, acompanha o filho nos locais de grande movimentação e que isso tem facilitado a completar o álbum.
É bacana até pro desenvolvimento da criança, que passa a ter envolvimento com outras pessoas. É também, um momento que considero solidário, porque os colecionadores facilitam a troca de outras pessoas. O Miguel, por exemplo, pegou de outra pessoa uma figurinha que já tinha só para poder deixar a figurinha que o colega não tinha.
Mas quem pensa que colecionar figurinhas e conseguir completar o álbum da Copa do Mundo é um desejo apenas de crianças, se engana.
O fotógrafo Jorge Zeferino é um exemplo disso. Ele coleciona os álbuns da Copa desde 1982 e é tão fascinado pelo hobbie que logo na primeira semana já completou o álbum.
Esse ano, está bem caro ter essa diversão de trocar as figurinhas. Devo ter gasto aproximadamente uns R$ 1.200. Mas as trocas também foram importantes neste processo, sem elas não tem graça.
Assim como muitos outros colecionadores brasileiros, Jorge está ansioso para o início dos jogos e confiante na vitória da seleção brasileira.
A editora Panini começou a vender o álbum de figurinhas da Copa do Mundo de 2022 nas bancas em agosto. Cada pacote com cinco adesivos custa R$ 4.
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