Após 12 anos, Eleições 2020 não terão identificação biométrica obrigatória

O ano de 2020 passou por mudanças devido à pandemia do novo coronavírus. Nas eleições municipais em novembro, a identificação biométrica obrigatória não será usada. Após 12 anos da implementação, infectologistas recomendaram a exclusão da tecnologia para evitar o contágio da Covid-19.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou a recomendação e excluirá a necessidade da identificação biométrica no dia da votação nos locais onde ela seria obrigatória.

As equipes de médicos e técnicos da Fiocruz e dos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, que dão consultoria ao órgão máximo da Justiça Eleitoral no país, consideraram que a identificação pela digital pode aumentar as possibilidades de infecção, já que o leitor biométrico não pode ser higienizado com frequência.

Além disso, o uso da biometria aumenta as aglomerações, uma vez que a tecnologia usada é mais demorada do que a votação com assinatura no caderno de votações – visto que muitos eleitores têm dificuldade com a leitura das digitais, o que aumenta o risco de formar filas.

A Justiça Eleitoral afirmou que, mesmo com a exclusão da identificação biométrica, seguirá as orientações para a adoção de cuidados sanitários com eleitores, mesários e fiscais de partido, além de realizar a higienização do espaço físico das seções e das marcações para distanciamento entre as pessoas.

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