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Casos de dengue crescem no RJ: Búzios e Cachoeiras de Macacu têm alta transmissão da doença

Estado do Rio já registrou mais de 47 mil casos da doença até o último boletim

Por Kessia Coutinho
02/01/24 - 16:16
Casos de dengue crescem no RJ: Búzios e Cachoeiras de Macacu têm alta transmissão da doença Principal forma de transmissão do vírus da dengue ocorre pela picada do mosquito infectado | Foto: Reprodução/Portal Multiplix

O Governo do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), divulgou na última semana um boletim sobre a situação epidemiológica da dengue no estado, com dados registrados até última terça-feira, dia 26 de dezembro.

A cidade de Búzios, na Região dos Lagos do Rio, por exemplo, está se mostrando com uma alta taxa de transmissão da doença. O poder público municipal também fez um alerta à população sobre os casos.

Em todos os 92 municípios, foi notada a tendência de aumento da transmissão, circulação acima do esperado e forte atraso nas notificações de casos.

A Secretária Estadual de Saúde, Claudia Mello, fez um alerta:

Das nove regiões do estado, sete apresentam municípios com número de casos muito acima do limite esperado para esta época do ano. Diante desse cenário, a Secretaria de Estado de Saúde tem reforçado as ações de treinamento no manejo da dengue para médicos e enfermeiros dos municípios e de sua rede própria, além de fornecer suporte e orientação aos municípios. É importante também que cada um faça a sua parte, para diminuir focos de proliferação do mosquito transmissor.

Até a última terça-feira, 26, o estado registrou 47.471 casos da doença, com 2.790 internações e 28 óbitos.

Situação em cada região

Mapa de incidência acumulada para cada uma das cidades do Estado do Rio de JaneiroMapa de incidência acumulada para cada uma das cidades do Estado do Rio de Janeiro | Arte: Reprodução/SES-RJ

De acordo com dados do estado, a região Metropolitana I é a que concentra o maior número de casos, com 87% deles na cidade do Rio de Janeiro, o que é uma quantidade acima do limite máximo esperado e importante atraso nas notificações, reforçando a tendência de alta transmissão de dengue no RJ.

Já a Baixada Litorânea se destaca pelo perfil de transmissão bem acima do esperado no momento, com as cidades de Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia com o maior volume de casos e maiores incidências da região.

Armação de Búzios, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia também chamam atenção pelo perfil de alta transmissão, ainda de acordo com o governo estadual.

Na Região Serrana, Cachoeiras de Macacu concentra o maior volume de casos e a maior incidência da região, que apresenta pequeno atraso de notificações, sobretudo em Macuco.

No Centro-Sul, a maior parte dos municípios está com transmissão acima do esperado, com Três Rios concentrando o maior volume de casos.

Ao lado de Comendador Levy Gasparian e Sapucaia, Três Rios ocupa ainda as maiores incidências.

Na Baía de Ilha Grande, Angra dos Reis e Mangaratiba são os municípios com o maior número de transmissão no momento, com Angra registrando a maior concentração de casos (90%) e a maior incidência.

No Médio Paraíba, Itatiaia, Porto Real e Quatis destacam-se pela transmissão de casos acima do esperado para o momento.

Resende é o município que está com maior atraso de notificações e casos acima do esperado. Itatiaia apresenta maior incidência de todo o estado do Rio.

Na Metropolitana II, todos os municípios estão sem atraso na notificação, exceto Rio Bonito, com pequeno atraso e com casos um pouco acima do esperado no momento.

Itaboraí concentra maioria das notificações.

Prevenção na Região dos Lagos

Agente de Combate a Endemias fazendo visita em casas de BúziosAgente de Combate a Endemias fazendo visita em casas de Búzios | Foto: Reprodução/Prefeitura de Búzios

Em meio à temporada de chuvas e as altas taxas de transmissão, a Prefeitura de Búzios, na Região dos Lagos, informou que está intensificando o combate contra o Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

Segundo a prefeitura, agentes estão atuando na cidade, mas a colaboração de todos é essencial.

Eliminar criadouros, manter recipientes fechados e reportar focos são ações simples e cruciais.

A recomendação é que ao identificar sintomas como febre, dores e manchas, que a pessoa procure com urgência uma unidade de saúde.

Em Araruama não é diferente. A prefeitura também fez um alerta para a população e reforça a necessidade dos moradores redobrarem os cuidados no combate.

Vacina contra a dengue no SUS

A previsão do MS é que sejam entregues 5 milhões de doses neste anoA previsão do MS é que sejam entregues 5 milhões de doses neste ano | Foto: Reprodução/José Cruz (Agência Brasil)

O Ministério da Saúde decidiu incorporar a vacina contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal.

Conhecida como Qdenga, a vacina não será disponibilizada em larga escala em um primeiro momento, mas será focada em público e regiões prioritárias. A incorporação do imunizante foi analisada e aprovada pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS (Conitec), como explica a ministra da Saúde:

O Ministério da Saúde avaliou a relação custo-benefício e a questão do acesso, já que em um país como o Brasil é preciso ter uma quantidade de vacinas adequada para o tamanho da nossa população. A partir do parecer favorável da Conitec, seremos o primeiro país a dar o acesso público a essa vacina, como um imunizante do SUS. E, até o início do ano, faremos a definição dos públicos alvo levando em consideração a limitação da empresa Takeda do número de vacinas disponíveis. Faremos priorizações.

Segundo o laboratório, a previsão é que sejam entregues 5,082 milhões de doses em 2024, entre fevereiro e novembro. O esquema vacinal é composto por duas doses.

O imunizante Qdenga tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com indicação para prevenção de dengue causada por qualquer sorotipo do vírus para pessoas de quatro a 60 anos de idade, independentemente de exposição prévia.

Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a vacina será importante para controlar a dengue no país:

A dengue é uma doença que impacta praticamente todo o território nacional e o controle do vetor vem sendo insuficiente para reduzir as taxas de infecção. Estamos fechando o ano com recorde de óbitos. A vacina, sem dúvida, junto com outras medidas, será um importante instrumento para controle dessa doença.

Segundo ele, a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza entre seis e 16 anos de idade como a faixa etária ideal de introdução da vacina. Dentro dessa faixa etária, já há outros imunizantes que podem ser associados à aplicação da vacina da dengue e otimizar os atendimentos nos hospitais.

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