Operação Lei Seca faz 13 anos e adota versão itinerante para conter fuga de motoristas

A Operação Lei Seca, uma ação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, que tem como objetivo principal reduzir os índices de acidentes de trânsito causados por motoristas embriagados, completa 13 anos de existência este mês. E para reforçar os trabalhos, as ações contam com uma novidade a partir de agora.

Além dos pontos fixos, onde os agentes se posicionam com os tradicionais balões com o logotipo da Operação Lei Seca, serão realizadas também diversas ações móveis, com o apoio de vans e motocicletas. Essa nova modalidade nas blitzes foi criada para mudar rapidamente de local, caso seja necessário.

O objetivo é flagrar motoristas que desviem das blitzes por rotas alternativas e com isso combater a troca de informações em aplicativos e perfis que divulgam os lugares de fiscalização. Segundo o governo do estado, os pontos fixos com os balões não serão extintos.

Para o superintendente da Operação Lei Seca, tenente-coronel Fábio Pinho, essa expansão vai reforçar a presença da operação do estado e também no interior.

A nova modalidade das ações volantes servirá como um reforço nas blitzes. A operação atua diariamente na missão de salvar vidas e tornar o trânsito mais seguro, através das ações de fiscalização e educação.

Lei Seca no interior

No último fim de semana, duas ações com esse novo modelo itinerante foram realizadas em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. De acordo com o estado, foram abordados 177 motoristas e 34 casos de alcoolemia foram registrados no sábado, 26, e domingo, 27, no município.

De 2017 até os dias atuais, a Operação Lei Seca já apreendeu 679 motoristas embriagados na direção em Nova Friburgo, na Região Serrana.

Já em Teresópolis, também na Serra, foram registrados 508 casos de motoristas apreendidos por embriaguez ao volante.

Em todo o estado, desde o início da operação, em 2009, foram registrados, 238.511 casos de apreensão de motoristas por alcoolemia.

Desde 2009, foram registrados 238.511 apreensões por alcoolemia no RJ | Foto: Operação Lei Seca/Governo do estado

Opinião de especialista

O especialista em trânsito, Walter Santos, não considera interessante a perseguição em busca de um motorista que foge da rota das operações. Segundo ele, a medida pode trazer consequências mais graves para o trânsito.

“Sou a favor de fazer o cerco e mandar passar justamente ali. Caso o motorista não cumpra a determinação, os agentes que estiverem no local devem avisar a polícia através da comunicação via rádio com a placa anotada, ao invés de sair em perseguição ao fugitivo. Uma pessoa dessas, quando foge, já ingeriu uma certa quantidade de bebida e, com essa pressão, pode ocasionar um acidente de trânsito. Já vi alguns acontecerem na Região Serrana. Em um deles, o motorista em fuga perdeu o controle do veículo, atropelou outra pessoa que estava de bicicleta na calçada e que, infelizmente, veio a óbito”.

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