Golpes virtuais crescem no RJ: saiba como identificar e se prevenir contra fraudes online

Com o aumento significativo dos crimes cibernéticos, é cada vez mais comum que pessoas se tornem vítimas de golpes pela internet. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP), em 2022, os índices de criminalidade apresentados são os maiores da série histórica, que começou em 2003.

Ao todo, foram registradas 123.841 ocorrências de estelionato, no Rio. Esse número representa um aumento de 74% em relação ao ano anterior. A média é de um registro a cada quatro minutos.

Ainda de acordo com o ISP, de 2003 pra cá, a quantidade de casos de estelionato aumentou 11 vezes, quando foram registrados 10.715 casos.

Uma das formas de estelionato mais comuns atualmente é o praticado pela internet.

Os golpes virtuais são bastante variados e podem ocorrer por meio de diferentes canais, como emails, mensagens instantâneas, redes sociais e sites fraudulentos, entre outros.

Algumas das principais fraudes praticadas são o phishing, o smishing e o vishing.

Entenda as diferenças:

Phishing

Tipo mais comum e antigo de ataque. Geralmente é realizado por meio de emails falsos que tentam se passar por empresas legítimas, como bancos, lojas online ou sites de serviços.

Esses emails contêm links que levam as vítimas a sites fraudulentos, onde são solicitadas informações como nome de usuário, senha e dados de cartão de crédito. Os cibercriminosos utilizam essas informações para cometer fraudes financeiras.

Smishing

O smishing é uma variação do phishing que utiliza mensagens de texto (SMS) em vez de emails.

Essas mensagens costumam conter links ou números de telefone para contatos falsos, que levam as vítimas a revelar informações pessoais ou financeiras.

Vishing

O vishing é uma espécie de ataque que utiliza chamadas telefônicas para enganar as pessoas.

Os cibercriminosos se passam por representantes de empresas ou instituições financeiras e tentam convencer as vítimas a fornecer informações sensíveis, como senhas ou dados bancários, por meio de técnicas de persuasão ou intimidação.

Estar atento aos detalhes é fundamental na hora de fazer uma compra pela internet | Foto: Banco de Imagem

Como não cair em golpes

Para evitar ser vítima de crimes pela internet, é importante adotar algumas medidas de segurança. Uma cartilha desenvolvida pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro lista alguns comportamentos a serem adotados.

• Desconfie de ofertas “muito boas para serem verdade”: se algo parece vantajoso demais, é provável que seja um golpe. Sempre verifique a autenticidade da oferta antes de fornecer informações pessoais ou financeiras.

• Verifique a fonte: antes de fornecer informações pessoais ou financeiras, confirme se o site é autêntico, se o remetente do email é legítimo e se o número de telefone é válido. Sempre desconfie de correios eletrônicos ou mensagens de números desconhecidos.

• Nunca compartilhe informações pessoais ou financeiras com pessoas ou sites que você não conhece ou não confia. Essas informações podem ser usadas para roubo de identidade ou outras atividades fraudulentas.

• Utilize senhas fortes e seguras: Não utilize senhas que sejam fáceis de adivinhar, como datas de aniversário, nomes de familiares ou sequências numéricas simples. Altere esses dados regularmente.

• Proteja seus dispositivos: instale e mantenha um software de segurança em seus dispositivos, incluindo antivírus e firewall. Mantenha seu sistema operacional e aplicativos atualizados para corrigir vulnerabilidades.

• Fique atento aos detalhes, como erros ortográficos ou gramaticais em emails ou mensagens.

Caso você perceba que caiu em um golpe, vá a uma delegacia para registrar o caso. É importante tirar um print da tela, que comprove o crime, bem como da página do perfil do usuário que realizou a postagem falsa.

Também é possível abrir uma reclamação através do Procon, pelo site da instituição ou pelo aplicativo ‘Procon RJ’.

No Brasil, os golpes virtuais são enquadrados como crimes cibernéticos e estão previstos no Código Penal, na Lei de Crimes Cibernéticos (lei nº 12.737/2012) e no Marco Civil da Internet (lei nº 12.965/2014).

Há previsão de penalidades para os responsáveis pelos atos ilegais, como prisão e multa.

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