Text neck: síndrome dos tempos modernos leva mais pessoas à fisioterapia
O “Pescoço de texto”, resultado do uso constante de smartphones, causa muitas dores
04/06/19 - 14:38
Você já ouviu sobre a “Text neck Syndrome”? Em tradução livre, a síndrome do pescoço de texto tem levado muitas pessoas a sentirem dores na parte superior dos ombros e pescoço. O principal vilão dessas dores é o smartphone. Com a evolução da tecnologia desses aparelhos, cada vez mais pessoas usam os celulares para trabalho e lazer por longos períodos de tempo e quase sempre com a postura inadequada.
Segundo um estudo publicado na revista científica Surgical Technology International, a cabeça adulta pesa de 4,5 a 5,5 kg, peso que é naturalmente distribuído ao longo da coluna vertebral quando estamos na posição normal. Ao flexionarmos o pescoço para frente, porém, ela fica mais "pesada": em um ângulo de 15° seu peso passa a equivaler a 12 quilos; a 30°, a 18 quilos; a 45°, a 22 kg; e a 60°, a impressionantes 27 kg. O estudo que mensurou o impacto da gravidade no peso da cabeça foi realizado pelo cirurgião Kenneth Hansraj, especializado em coluna vertebral e diretor da clínica Spine Surgery and Rehabilitation Medicine, em Nova York.
Outros estudos mostram que, além da dor no pescoço, ombros, punho e dedos, manter o pescoço flexionado por um período prolongado, ou diversas vezes ao dia, pode aumentar o risco de artrose, degeneração do disco vertebral, dor de cabeça e até a diminuição da capacidade pulmonar.
Na impossibilidade de diminuir o uso dos aparelhos, devemos atentar para a postura enquanto utilizamos os celulares, como explica o fisioterapeuta de Cordeiro, Daniel Rossi: “é muito importante manter uma boa postura para reduzir o desconforto físico, assim como prevenir dores na coluna e articulações e evitar possíveis problemas neurais, viscerais e respiratórios devido à compressão gerada pela curvatura indesejada entre as principais escolioses e cifose. Com o uso exagerado e por longos períodos, a tecnologia pode não só causar danos físicos, mas também emocionais”, alerta o fisioterapeuta.
Caso você já tenha alguns dos sintomas descritos, procure um médico ou um fisioterapeuta para iniciar um tratamento e evitar problemas mais graves no futuro.