MPRJ quer que concessionária apresente dados sobre qualidade da água em Araruama

A concessionária responsável pelo abastecimento de água em Araruama, na Região dos Lagos do Rio, terá que apresentar ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, dados de monitoramento da qualidade da água da Represa de Juturnaíba dos últimos três meses. É o que pede uma recomendação expedida pelo MPRJ.

De acordo com o órgão, a ação é o resultado de um inquérito civil em andamento no Grupo Temático Temporário – Segurança Hídrica (GTT-Segurança Hídrica), referente às providências estratégicas para a garantia da segurança hídrica na Região Hidrográfica Lagos São João, onde foi solicitado à concessionária a apresentação do plano de amostragem para 2022.

O Ministério Público também solicita uma apuração sobre as informações veiculadas na imprensa no mês de fevereiro, que indicavam alterações na qualidade da água distribuída à população atendida pela concessionária Águas de Juturnaíba, o que poderia gerar riscos à saúde do consumidor.

O MP destacou na recomendação que a concessionária Águas de Juturnaíba reconheceu, em nota divulgada à imprensa, que o odor na água fornecida aos moradores foi ocasionado pela “proliferação de algas cianofíceas em nosso manancial e que a eutrofização (aumento da concentração de nutrientes) causada por estas algas poderia trazer problemas à saúde humana".

Ainda de acordo com o MPRJ, o Instituto Nacional do Ambiente (Inea) e a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) também foram oficiados para acompanhar as ações que estão sendo cobradas.

O Portal Multiplix encontrou em contato com Águas de Juturnaíba. Por meio de nota, a concessionária informou que a água fornecida se encontra dentro dos padrões de potabilidade exigidos pela legislação vigente e não apresenta riscos à saúde da população. A empresa considera o fenômeno sazonal, causado pelo alto índice de chuvas e variações bruscas de temperatura.

A concessionária informou ainda que, "monitora ativamente a presença de algas cianofíceas no manancial, seguindo a orientação do Ministério da Saúde, por meio da Portaria GM/MS Nº 888. Todas as providências cabíveis para que qualquer sabor ou odor percebidos sejam mitigados já estão sendo tomadas".

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