Covid-19: saiba as variantes predominantes em Nova Friburgo, Teresópolis, Cabo Frio e Araruama
Ferramenta do governo do estado fornece dados sobre transmissão das mutações do novo coronavírus em todo o território fluminense

O Governo do Estado do Rio de Janeiro iniciou, nesta semana, a publicação do mapa de monitoramento genômico das variantes do novo coronavírus em território fluminense.
O mapa pode ser acessado por meio do Painel Covid-19, na aba "Variantes Covid-19", no menu superior do site. A ferramenta conta com opção de consulta por variante, data, cidade e região de saúde.
Segundo o governo do estado, a atualização vai ocorrer toda sexta-feira, às 17h, e será acompanhada de um boletim semanal com uma análise sobre o cenário atual das variantes.
O Portal Multiplix realizou um levantamento das amostras sequenciadas nas cidades de Nova Friburgo, Teresópolis, Cabo Frio e Araruama, durante todo o ano e nos últimos três meses. Confira abaixo.
Nova Friburgo
Em Nova Friburgo, entre 4 de janeiro e 17 de setembro, foram sequenciadas 55 amostras (54 positivas e uma negativa). Destas, segundo o mapa de monitoramento, 56% eram da variante gamma, enquanto 43% dos casos correspondiam à delta. Já 2% eram da alpha.
Quando o período analisado são os últimos três meses (17 de junho até 17 de setembro), fica claro, a escalada da variante delta na cidade, conforme os dados da ferramenta.
Neste período, 28 amostras foram sequenciadas, e apenas uma teve resultado negativo. Do total de casos analisados, 85% deram positivo para a delta e 15% para a gamma.
Teresópolis
Em Teresópolis, durante todo o ano, 31 amostras foram analisadas pelo governo do estado. Deste total, 45% das análises deram positivo para a gamma, 52% para a delta e 3% para a alpha, segundo o mapa.
Por sua vez, nos últimos três meses, nas 18 amostras sequenciadas, 89% eram da variante delta e apenas 11% deram positivo para a gamma.
Cabo Frio
Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, em 2021, 55 amostras foram analisadas e, segundo o sequenciamento genômico do governo do estado, 45% deram positivo para a variante gamma, 53% para a variante delta e 2% para a alpha.
Já nos últimos três meses, das 38 amostras sequenciadas, 76% eram da variante delta e 24% a gamma.
Araruama
Em Araruama, entre 4 de janeiro e 17 de setembro, dos 52 casos analisados, 79% deram positivo para a variante gamma e 21% para a delta.
Nos últimos três meses, das 23 amostras sequenciadas, 52% eram da variante gamma e 48% da delta.
Estado
Desde janeiro, 4.893 amostras foram avaliadas. No acumulado, a gamma foi a variante predominante desde o início do ano, correspondendo a 69% de todas as amostras sequenciadas no estado, até 17 de setembro.
De acordo com as análises é possível afirmar que a linhagem gamma foi a mais frequente de fevereiro até junho e, a partir da detecção da variante delta, em junho de 2021, esta linhagem aumentou a sua frequência, se tornando a variante dominante no mês de agosto.
Sequenciamento
É importante ressaltar que o sequenciamento do coronavírus não é um exame de rotina nem de diagnóstico, é feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus Sars-CoV-2 no estado e embasar políticas sanitárias.
A maior parte das amostras sequenciadas no estado se refere ao projeto Corona-Ômica-RJ, um dos maiores estudos de vigilância genômica do país.
Faz parte de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, Laboratório Central Noel Nutels, Fiocruz e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
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