Coronavírus: o que melhora a imunidade e o que evitar?

A pandemia do novo coronavírus está fazendo os cientistas correrem contra o tempo para encontrarem um medicamento ou vacina para imunizar a população e frear o número de casos positivos e os óbitos provocados pelo covid-19. Enquanto isso, a melhor forma de proteção é o distanciamento social, manter a higiene das mãos e os ambientes arejados, além do uso da máscara caso seja necessário sair de casa.

Garantir uma imunidade alta também ajuda o organismo caso ele tenha que se defender do covid-19, com as células de defesa forte. Para isso, os médicos recomendam, mesmo em isolamento social, a alimentação equilibrada, a prática de exercícios, ter uma boa noite de sono e se hidratar.

Além dessas recomendações, vemos por aí, especialmente na internet, orientações diversas, como a de consumo diário das vitaminas C e D, folhas-verdes e iogurtes. Mas, o que ajuda, de fato, no aumento da imunidade e o que não devemos fazer?

As frutas cítricas ajudam na imunidade por causa do alto teor de vitamina C, assim como os vegetais verde-escuros ou folhosos que também possuem vitaminas capazes de aumentar a imunidade das células do organismo. Entretanto, ainda não há comprovação de que elas eliminam o coronavírus.

“Até hoje, nenhum estudo comprova a eficácia da vitamina C contra o covid-19, mas ela auxilia na imunidade, assim como os vegetais verdes que são riscos em ferro, vitamina B e vitamina K”, explica o infectologista Antonio Neto, do Hospital das Clínicas Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios .

Algumas pessoas recebem a mensagem que consumir iogurte natural terá benefícios contra a infecção do novo coronavírus, mas ele não contribui para o aumento da imunidade nesse tipo de infecção.

“O iogurte natural ajuda na flora intestinal contra infecções, regula a flora intestinal e anal, diminuindo o risco de infecção urinária em mulheres”, destaca o médico.

O mesmo acontece com o mel, gengibre ou limão. São componentes importantes para a prevenção de infecções, mas sem estudos comprovando a eficácia do consumo.

“Os mesmos são igualmente utilizados como sintomáticos em algumas infecções. O mel é utilizado como cicatrizante em lesões de pele, mas há poucos estudos que comprovem sua eficácia”, diz o doutor Antonio.

Ainda de acordo com o infectologista, a vitamina D ajuda a aumentar a imunidade, assim como a hidratação constante, fundamental para o corpo humano, que é composto em sua maior parte pela água. A hidratação auxilia para que tudo ocorra normalmente dentro do corpo humano, principalmente quando estamos doentes.

“A hidratação ajuda a manter a homeostase das células e um ambiente propício para defesa. A vitamina D auxilia na imunidade principalmente para pacientes com tuberculose, porque melhora a imunidade celular e propicia melhor defesa. O consumo de vitamina D pode auxiliar nos casos de covid-19, mas não temos estudos (ainda) que colaborem este fato”, enaltece.

Deixar a imunidade alta pode ajudar no combate ao vírus. Por isso, é recomendado deixar de fumar, de consumir bebidas alcoólicas, de comer fast-food e alimentos gordurosos e que prejudicam a imunidade e não são hábitos recomendados por médicos, por colocarem em risco os pacientes.

“Excesso de bebidas alcoólicas, alimentos que geram aumento de gordura corporal, consumo excessivo de doces, principalmente para pacientes diabéticos, e consumo de muito sal, principalmente para pacientes hipertensos, prejudicam bastante”, finaliza o médico.