MPRJ encontra animais mortos e outros 92 em situação de maus-tratos durante operação em Búzios
Ação contou com apoio do Inea, Ibama e Polícia Civil; responsável pelo instituto foi presa

Uma operação conjunta do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizada na manhã desta terça-feira, 21, resultou na apreensão de 92 animais e na prisão da responsável por uma Organização Não Governamental (ONG), em Búzios, Região dos Lagos do Rio.
O local é alvo de investigação por maus-tratos e irregularidades no manejo de animais silvestres e domésticos.
A ação foi coordenada pela 1ª Promotoria de Justiça de Búzios, com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, fiscais do Ibama encontraram animais mortos e outros em situação crítica, mantidos em ambiente insalubre e sem condições mínimas de bem-estar.
Veja o estado em que os animais foram encontrados no momento da operação.
Segundo o MPRJ, os animais sobreviventes foram resgatados e encaminhados a instituições especializadas, onde receberão tratamento e abrigo adequados.
O Portal Multiplix entrou em contato com o instituto para solicitar um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
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Denúncias e histórico de irregularidades
As apurações começaram após o recebimento de denúncias de maus-tratos e de que o instituto, segundo o MPRJ, recolhia e soltava animais silvestres sem as licenças legais necessárias.
As informações também apontavam que os bichos eram levados para exposições e palestras em condições inadequadas.
Em agosto de 2024, uma vistoria do Inea identificou problemas graves no local, como falta de alimentação e água adequadas, ausência de iluminação natural, cativeiro irregular e más condições sanitárias.
Na época, aves ameaçadas de extinção, como papagaios-chauás, foram encontradas no espaço, além de exemplares mortos.
Com base nas irregularidades, o órgão ambiental determinou a suspensão temporária das atividades do instituto até que medidas fossem adotadas para garantir o bem-estar dos animais — o que, de acordo com o MPRJ, não foi cumprido.
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