Inea registra 77 focos de incêndio em 17 unidades de conservação de janeiro a agosto
Trabalho em conjunto entre os guarda-parques e as instituições parceiras é fundamental para combater as chamas
09/09/21 - 11:45
Um balanço divulgado pelo governo do estado do Rio indica que, de janeiro a agosto deste ano, foram registrados 77 focos de incêndios em 17 unidades de conservação administradas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
O combate a esses incêndios mobilizou cerca de 700 pessoas, entre guarda-parques e parceiros como o Corpo de Bombeiros, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e os guardas municipais das cidades abrangidas pelos parques e Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Segundo o Inea, o fogo já consumiu, aproximadamente, 1.101 hectares em áreas da Costa do Sol, na Região dos Lagos; dos Três Picos, na Região Serrana do Rio, nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) da Serra da Sapiatiba, da Bacia do Rio Macacu, de Maricá, Massambaba e de Macaé de Cima, das Reservas Biológicas Estaduais de Araras e de Guaratiba, e dos Monumentos Naturais da Serra da Estrela, da Serra dos Mascates e da Serra da Beleza; dos Parques Estaduais da Serra da Tiririca, na Região Metropolitana do Rio; da Pedra Branca, na zona oeste da cidade; do Desengano, no Norte Fluminense; além da Pedra Selada e da Serra da Concórdia, ambos no Médio Paraíba Fluminense.
Trabalho diário e em parceria
O Inea atende as ocorrências de incêndios florestais nas unidades de conservação gerenciadas pelo instituto, através do Corpo de Guarda-Parques, tendo como protocolo acionar o Corpo de Bombeiros da região, para atuar em conjunto ou em apoio institucional, principalmente dentro dos limites e zonas de amortecimento das unidades de conservação estaduais.
Também é realizado diariamente um monitoramento pelos guarda-parques em campo, além da observação e controle dos pontos quentes divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O presidente do Inea, Philipe Campello, destacou o trabalho realizado em conjunto entre os guarda-parques e as instituições parceiras para controlar as chamas não se alastrassem ainda mais.
"Parabenizo a atuação de todos os envolvidos e destaco a importância da colaboração da população no sentido de preservar a nossa floresta, denunciando, por exemplo, a soltura de balões e queimadas que acabam por contribuir para o surgimento de fogo, causando graves danos às nossas unidades de conservação", disse.
Crime ambiental
A principal causa de um incêndio florestal é a ação humana. Devido à alta temperatura, ventos e grandes distâncias, ações como queimadas, fogueiras mal apagadas, ou até mesmo garrafas de vidro deixadas para trás, podem causar incêndios devastadores na floresta.
"É fundamental que a população se conscientize sobre os perigos dos incêndios florestais. Ele destrói o meio ambiente e também pode causar sérios danos à saúde das pessoas. Nossas equipes estão atuando de forma ostensiva, tanto no combate aos focos, como no processo de educação ambiental, que é fundamental para minimizar esse problema", explicou o secretário de Estado do Ambiente, Thiago Pampolha.
Vale lembrar que a Lei 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, tipifica como crime contra a flora, a conduta de provocar incêndio em mata ou floresta. Quem a pratica está sujeito a multa e detenção.
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