Guarda-chuvas abertos sob marquises tomam conta das calçadas em Nova Friburgo

Na temporada de chuva, Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, sofre com uma antiga novela: pessoas andando com o guarda-chuva aberto embaixo das marquises, especialmente no Centro.

Tal situação é comum e quem não está de guarda-chuva, acaba vivenciando um drama que precisa de uma reação rápida: correr o risco de ser golpeado com alguma ponta do objeto ou optar por se molhar fora da marquise.

O designer Caio Laundos diz que já tinha percebido que em Nova Friburgo, muitas pessoas não fecham o guarda-chuva quando estão sob marquises. Na última quarta-feira, 11, ele passou por tal situação, em frente à praça Demerval Barbosa Moreira, no Centro.

“Estava aguardando um Uber e muitas pessoas passavam com o guarda-chuva aberto, e no máximo quatro ou cinco fecharam o objeto ou andaram para fora da marquise. Muita gente passava com guarda-chuva aberto como se chovesse na marquise”, afirma.

Surpreso com a situação, Caio acabou registrando o momento e postando um stories (registro em vídeo) na rede social Instagram.

“Também observei uma senhora parada em frente a um prédio com o guarda-chuva aberto por muito tempo. Ela não estava andando e quem queria entrar no local precisava se abaixar e desviar. Ela estava atrapalhando a passagem e acabou sendo repreendida pelo próprio filho, que tinha ido buscá-la”, relembra o designer.

Como o hábito é cultural, a reportagem decidiu procurar a prefeitura para saber se algum cidadão descuidado pode ser penalizado por andar com o guarda-chuva aberto sob a marquise, mas, em nota, o Executivo informou que a questão envolve a educação dos transeuntes e não é de competência da Subsecretaria de Posturas.

Guarda-chuvas podem ser tornar verdadeiras armas nas calçadas de Nova Friburgo | Foto: Banco de Imagem

Quem ganha com a chuvarada é o comércio

Nas lojas de Nova Friburgo, o aumento nas vendas de guarda-chuvas é notório, segundo alguns comerciantes da cidade.

O gerente de uma loja de itens para o dia a dia, próximo à Estação Livre, na praça Getúlio Vargas, Rodrigo Vieira, revela que chega a vender cerca de 100 guarda-chuvas por dia. “Vendemos todo tipo de guarda-chuva com preços variando entre R$ 10 e R$ 30,00”, disse.

Por sua vez, a gerente de uma outra loja de utensílios, na rua Galeano das Neves, Mieko Okiê, afirma que a venda do item sobe, mas os clientes não levam mais nenhum outro produto. Os preços variam entre R$ 11,00 e R$ 22,00 e as vendas diárias são, em média, de 50 guarda-chuvas por dia.

E assim segue o dia a dia em Nova Friburgo. Uns ganham e sorriem com o período chuvoso. Outros, precisam passar por um teste de paciência e tolerância ao conviverem com os guarda-chuvas dos friburguenses.