Fiscalização de rotina flagra extração ilegal de palmito-juçara em Nova Friburgo
Prática é considerada crime ambiental e foi divulgada no Dia Nacional da Mata Atlântica

Uma equipe do Parque Estadual dos Três Picos, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, flagrou uma extração ilegal de palmito-juçara no território da unidade de conservação na última quarta, 25.
Ao se deparar com a presença dos agentes, o infrator fugiu, deixando 22 cabeças de palmitos, possivelmente retiradas para comercialização, além de uma foice.
A notícia da extração ilegal foi divulgada pelos órgãos ambientais justamente neste Dia Mundial da Mata Atlântica, conforme noticiado pelo Portal Multiplix.
“As ações de fiscalização são de suma importância, pois além de demarcarem a presença da nossa equipe no local, demonstram a importância do estado na preservação da natureza e da vida. Não protegemos somente a flora, mas sim a qualidade de vida das gerações atuais e futuras proporcionadas por ela”, afirmou o coordenador da unidade, Rominique Schimidt.
Palmito-juçara
Palmito-juçara está sob risco de extinção | Foto: Divulgação/Instituto Estadual do Ambiente (Inea)
O palmito-juçara é extraído da palmeira-juçara (euterpe edulis), espécie típica da Mata Atlântica, que está presente na lista vermelha da flora brasileira, sob risco de extinção.
Considerado um palmito de maior qualidade, sua exploração para consumo é uma das principais causas para a vulnerabilidade da espécie.
Além de demorar de oito a doze anos para produzir o alimento, a palmeira-juçara possui apenas um único tronco, que faz com que a árvore morra logo após a extração, diferente de outras palmeiras, que rebrotam do tronco principal.
Com a ameaça de extinção, cerca de 40 aves e 30 mamíferos perdem a principal fonte de alimentação.
Crime ambiental
A extração do palmito-juçara, sem autorização, assim como o seu comércio figura como crime ambiental.
O Parque Estadual dos Três Picos intensificará as rondas e demais medidas de fiscalização para inibir tais ações e pede o apoio da comunidade para denúncias.
Elas podem ser feitas por meio da Linha Verde, através dos telefones 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local), 2253-1177 (capital), ou pelo aplicativo para celulares “Disque Denúncia Rio” (usuários podem denunciar anexando fotos e vídeos, com a garantia do anonimato).
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