Da Região Serrana para o Brasil! Volante Lucas relembra carreira de títulos em todo o país

Um bom-jardinense com raízes no Friburguense e que vem se destacando há muitos anos no cenário nacional. Assim pode ser resumida a carreira do volante Lucas Siqueira, que passou por clubes como Vasco, Paysandu, CRB e Portuguesa-SP. E agora encara o desafio de defender o Remo em meio a uma pandemia, conforme revela em entrevista ao Portal Multiplix.

Lucas nasceu em Bom Jardim e cedo foi morar com os pais em Vitória-ES. Aos 15 anos, decidiu sair de casa para iniciar a realização de um sonho: ser jogador de futebol. O destino: o Friburguense, principal clube profissional da Região Serrana.

Assim, Lucas passou a morar no alojamento da instituição de Nova Friburgo. E ele viveu inúmeros momentos marcantes. Mas um deles se tornou um dos mais importantes.

“O ano de 2011 foi especial, em razão da tragédia na cidade. O Friburguense estava na Série B do Carioca e buscava o acesso até para que a cidade fosse noticiada de forma positiva. Foi uma forma de participar da reconstrução da cidade e, ao conseguirmos o acesso (na segunda posição), celebramos muito”, recorda Lucas.

O volante de Bom Jardim seguiu se destacando em terras friburguenses e passou a gerar interesse de outros clubes. Em 2014, ele foi emprestado ao Macaé e participou da campanha do título da Série C do Campeonato Brasileiro.

No ano seguinte, ainda vinculado ao Friburguense, Lucas chegou a um grande clube do futebol nacional: foi emprestado ao Vasco da Gama. Esta passagem é motivo de orgulho para o volante.

“A passagem pelo Vasco foi marcante e me deixa muito orgulhoso. Tive muitos desafios. Saí de Vitória cedo, morei no alojamento do Friburguense e cheguei a um grande clube. A temporada de 2015 foi fantástica, pude jogar bem e conquistar o título carioca”, relata.

Lucas foi campeão carioca pelo Cruz-Maltino, com direito a assistência para Gilberto definir o triunfo de 2 a 1 sobre o Botafogo.

Além disso, durante a campanha, em uma vitória de 5 a 4 do Friburguense sobre o Vasco, em Nova Friburgo, Lucas marcou dois gols sobre o clube que o revelou.

Em seguida, foi para o Paysandu, maior rival do Remo, seu atual clube. Por lá, conquistou a Copa Verde (torneio regional que reúne equipes das regiões Norte e Centro-Oeste, além do estado do Espírito Santo) e o Paraense.

Questionado se atuar nos dois rivais de Belém gerou alguma cobrança por parte de alguma das torcidas, o jogador destaca que manteve o carinho dos fãs do Paysandu e foi bem-recebido no Remo.

“Pela minha passagem no Paysandu, onde pude conquistar títulos, jogar bem e atuar por 58 vezes, o carinho que recebi aqui, de ambas as torcidas, foi muito grande”, destaca.

Lucas ainda foi campeão cearense pelo Ceará em 2017. Passou por Novo Horizontino e CRB, onde o atleta ficou 10 meses parado por lesão. Neste ano, chegou à Portuguesa, no ano do centenário do tradicional clube paulista.

“O clube montou um projeto legal para voltar à elite paulista e estávamos jogando bem. O time ficou na zona de classificação da Série A2, mas veio a pandemia e os torneios pararam. Neste meio tempo, fiquei treinando e surgiu a proposta do Remo”, afirma.

Lucas diz que seguiu o protocolo de treinos da Lusa, em Nova Friburgo, onde tem família. Realizou 86 sessões treinos em casa e enviou aos preparadores do clube.

Neste período, surgiu o convite do Leão Azul, e após voltar aos treinos em julho, ele seguiu para Belém, onde vai disputar a Série C do Campeonato Brasileiro.

“Conversei com o treinador do Remo, o Mazola Junior, e ele me apresentou um projeto interessante, com objetivo de conquistar a Série C e ter o acesso para a Série B do Brasileiro”, revela.

Agora, é nas terras do Norte do país que este talento da Região Serrana pretende aumentar sua coleção de taças.