Em apenas dois anos, os quatro últimos governadores do Rio foram presos

Após a deflagração da Operação Boca de Lobo e prisão do atual governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (MDB), na manhã desta quinta-feira, dia 29 de novembro, os quatro últimos governadores eleitos pela população fluminense foram presos em apenas dois anos, em diferentes operações da Polícia Federal, incluindo as mais variadas acusações: Sérgio Cabral (MDB), Anthony Garotinho (PRP), Rosinha Garotinho (Patriotas) e, agora, Luiz Fernando Pezão.

O primeiro a ser preso, em novembro de 2016, foi o ex-governador e ex-prefeito de Campos, Anthony Garotinho, - que governou o Rio de Janeiro entre 1999 e 2002- na Operação Chequinho, por ser suspeito de comprar votos através do programa social Cheque Cidadão na eleição municipal de 2016.

Em setembro de 2017, Garotinho foi preso pela segunda vez, enquanto apresentava um programa em uma rádio carioca, para cumprir prisão domiciliar por fraude eleitoral. Dois meses depois, nova detenção, dessa vez, junto com sua esposa e também ex-governadora do Rio, Rosinha Matheus (chefe do Executivo entre 2003 e 2006), também acusada de crime eleitoral.

Anthony Garotinho se candidatou ao Palácio Guanabara neste ano, mas teve sua candidatura rejeitada pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), derrubando recurso da defesa, em julgamento no dia 27 de setembro. Todos os sete ministros da Corte votaram contra a possibilidade de o antigo chefe do Executivo lutar por um novo mandato no Palácio Guanabara.

Em seguida, foi a vez da prisão de Sérgio Cabral (que governou de 2007 a 2014) pela operação Calicute, apenas dois dias após a prisão de Garotinho, em novembro de 2016, por ser suspeito de receber propina em diversas licitações para obras no estado do Rio de Janeiro. O antigo chefe do Executivo foi processado por vários crimes e em diferentes casos. Ele segue preso no presídio Bangu 8 com uma pena somada de 170 anos e 8 meses de prisão.