Eduardo Paes: “Vamos potencializar as vocações e desenvolver soluções para a economia da Região Serrana”

Utilizar a experiência adquirida na administração da capital fluminense para estar à frente do principal posto público do estado do Rio de Janeiro. Desta forma, Eduardo Paes (DEM) se insere na corrida pelo Palácio Guanabara no pleito do próximo dia 7 de outubro.

O candidato do Democratas ao cargo de governador é formado em direito pelo PUC-RJ e já passou por administrações públicas como secretário municipal e estadual, foi eleito vereador, deputado federal e comandou a Prefeitura do Rio por dois mandatos (2009-2016).

“Tive a felicidade de administrar a prefeitura do Rio por dois mandatos, mas antes disso adquiri experiência na administração pública desde quando fui subprefeito da Barra e Jacarepaguá, há 25 anos. Depois fui vereador, deputado federal, além de secretário municipal do Meio Ambiente e estadual de Esporte e Lazer. Minha trajetória política foi construída com solidez, na conversa diária com a população e com muito trabalho. Hoje em dia, todo mundo fala muito de gestão. Mas, além de gestor, aprendi que um bom governante precisa ter capacidade política também para fazer as coisas, capacidade de articulação, precisa saber liderar processos”, destacou.

Nesta entrevista para o Portal Multiplix, Eduardo Paes fala sobre suas propostas para pastas essenciais para recuperar o estado como Segurança, Saúde, Educação, Economia, Meio Ambiente e Esporte. Para fortalecer a economia na Região Serrana, ele fala em desenvolver políticas públicas específicas para os municípios, fortalecendo setores como o Polo de Moda Íntima e a agricultura familiar.

“Precisamos potencializar vocações e desenvolver soluções e políticas públicas específicas para cada uma de nossas oito regiões. O Polo de Moda Íntima é um bom exemplo de que um setor quando se organiza e recebe apoio do Estado, dá bons frutos. Este é o setor que gera mais empregos em Nova Friburgo. Na Região Serrana, por exemplo, também é necessário ampliar e fortalecer as produções agrícola e pecuária, com especial atenção para a agricultura familiar. Desenvolver estratégias integradoras de mobilidade urbana, metropolitana e regional. E não podemos esquecer que existe uma clara insuficiência de microcrédito para o empreendedor fluminense”, afirmou.

Ele frisou ainda que a entrada do Estado no Regime de Recuperação Fiscal foi importante devido ao momento de crise fiscal do Rio de Janeiro.

“Ele foi importantíssimo para que o estado pudesse voltar a pagar os servidores em dia, garantir o mínimo de prestação de serviços, mas precisamos ajustar as contas. Um dos meus primeiros atos depois de eleito será procurar o futuro presidente e rediscutir o Regime de Recuperação Fiscal. Depois de fazer o dever de casa será necessário repactuar porque, terminado o período do regime, a conta continuará muito alta”, afirmou. Um dos principais pontos de preocupação do eleitorado fluminense, não apenas na Região Metropolitana, é a Segurança Pública. Para o ex-prefeito do Rio de Janeiro, é necessário ter planejamento, afirmando ainda que o modelo atual das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) precisa ser repensada.

“A Segurança Pública é o grande desafio que temos no estado e a solução não vai ser a curto prazo.  Precisamos recuperar o nosso direito de ir e vir, mas não tem solução mágica. Tem, sim, trabalho, esforço, planejamento, novos modelos de policiamento e gestão. E dentro do nosso projeto, as UPPs têm um papel importante, mas não podem ser consideradas uma política de Segurança Pública, e sim apenas uma das faces dela. Até porque, as unidades são restritas a algumas áreas e não abrangem sequer toda a cidade do Rio. Em alguns lugares elas tiveram melhores resultados do que em outros. O custo de operação das unidades é significativo. Então, as UPPS precisam ser repensadas. Para se ter uma ideia, um batalhão de uma grande região do estado, como a Região dos Lagos, chega a ter efetivo menor do que de algumas UPPS da cidade, o que não é razoável. É preciso pensar em uma política de Segurança Pública que olhe para todo o estado. Hoje a violência não é mais só uma realidade da capital e da região metropolitana”, explicou.

Eduardo Paes ressaltou que a intervenção federal foi uma medida necessária para ao atual momento do Rio de Janeiro.

“Não se trata de algo certo ou errado, simplesmente ela era necessária naquele momento. Mas ela tem um prazo para terminar, que é em dezembro de 2018. Sou candidato a governador para cuidar da Segurança Pública. Será minha responsabilidade cuidar da Segurança Pública.  Mas vamos continuar a trabalhar e realizar parcerias com as Forças Armadas. Até pelo papel que elas representam, com sua inteligência e seriedade, que são muito importantes para a Segurança Pública”, declarou.

Na Saúde, um serviço essencial para a população, o candidato do DEM fala em recuperar as redes de emergências e fechar parcerias com os municípios para fortalecer o Programa de Saúde da Família.

“Vou liderar e reforçar os instrumentos de gestão regionais dos serviços de saúde para ampliar o atendimento próximo ao domicílio das pessoas, evitando a migração desnecessária para as grandes cidades, com atenção aos consórcios interfederativos de saúde. Apoiarei os municípios na ampliação da cobertura do Programa de Saúde da Família. Tenho a obrigação de recuperar a sucateada rede de urgência e emergência (Hospitais, UPA, CER, Prontos Socorros, GSE e SAMU) para resgatar seu importante papel nos momentos críticos e de maior aflição da população”, destacou.