Evento em Teresópolis vai estimular empreendedores a terem próprio negócio em 54 horas
Startup Weekend acontece entre 14 e 16 de junho na cidade da Região Serrana
Sabe aquela sua ideia de criar um negócio próprio e expandi-lo a ponto dele se tornar o seu ofício? Então, ele pode ganhar forma e ser aprimorado através do Startup Weekend, evento de empreendedorismo que acontece nos dias 14, 15 e 16 de junho, na Unidade da Estácio de Sá de Teresópolis, na Região Serrana do Rio.
O Startup Weekend envolve designers, desenvolvedores, profissionais de marketing e entusiastas de startups. Segundo a organização, o evento, que acontece no mundo todo, possui apoio do braço de empreendedorismo do Google e já teve como sede o município de Nova Friburgo por três anos seguidos.
Um dos organizadores do evento, Gabriel Paladino, relata que Teresópolis foi escolhida após o crescimento da comunidade de empreendedores locais que desejavam sediar uma edição do evento.
“A ideia de fazer o Startup Weekend sempre surge de alguém que já participou. A premissa para ser um organizador é alguém que já tenha feito o encontro e deseje promover esta ação em alguma cidade. O encontro gera muito impacto e repercussão. Isso motiva as pessoas a organizarem outras edições”, afirma.
Gabriel destaca que, no evento, é aplicada, durante três dias, uma metodologia simples: pegar uma ideia, desenvolvê-la, buscar clientes e, se necessário, refazer o modelo de negócio para que ele, enfim, seja apresentado a uma banca de julgadores. Mas com um detalhe: tudo tem que acontecer em até 54 horas.
O objetivo do evento é, nesse tempo, propor que as pessoas saiam do zero com um projeto de negócio e tenham uma experimentação prática. Então, o participante chega no primeiro dia com uma ideia, vão surgir várias outras e as pessoas votam nas mais relevantes. Mas o principal é a vivência prática e a participação, e não em qual ideia você esteja participando e o resultado dela. Em seguida, são criados grupos para trabalhar esses projetos, modelar o negócio e ir à rua buscar possíveis clientes
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Por fim, Gabriel detalha os passos finais do projeto apresentado: “os gestores estão lá para ajudar neste processo e acontece bastante de algumas dessas ideias serem reprovados, pois as pessoas na rua dão um feedback de que aquele projeto não é ideal. O intuito é mostrar que tal projeto nunca está 100% pronto e pode ser modificado e estruturado. No domingo, com o modelo ajustado, uma apresentação é criada e a banca de jurados define os vencedores”, declara.
Participantes durante edição do Startup Weekend em Nova Friburgo | Foto: Divulgação/Startup Weekend
Marcelo de Oliveira é proprietário de uma agência de publicidade no Rio de Janeiro, a Elephant. Ele participou de uma das edições do evento, em Nova Friburgo, e revela detalhes de sua experiência.
“Fui convidado por um amigo de Nova Friburgo a participar do Startup Weekend e, na época, levei uma ideia de um aplicativo de estacionamento que indicaria as vagas disponíveis nos estacionamentos da cidade e faria o usuário encontrar um local de parar o carro com mais precisão. Esta ideia seria mais utilizada em grandes metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro. Na ocasião, a ideia acabou não sendo aceita e trabalhei em um grupo que desenvolveu um aplicativo que ensinava música através de jogos”, relata.
Marcelo relata como foi o processo de criação do produto e os principais desafios encontrados na edição do encontro.
“Neste processo demos toda a sequência ao projeto e tivemos que vendê-lo. Durante todo o tempo você é levado a sair da sua zona de conforto e tentar vender a ideia. Você precisa ir para a rua buscar possíveis clientes e investidores através de uma ideia, sem o produto pronto. Esse é um dos maiores desafios do Startup”, afirma.
Questionado sobre a influência do Startup Weekend em sua carreira, Marcelo relata que foi decisivo para tomar a decisão de ter seu próprio negócio.
“Após o evento você passa a analisar melhor diversas etapas de um processo de criação, consegue ter outros olhares para determinadas situações. No evento, você carrega momentos que viveu com intensidade e que sempre te ajudam na trajetória profissional. Por fim, me ajudou a pensar em criar meu próprio negócio e virar proprietário da Elephant”, destaca.