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Alta do dólar: saiba qual deve ser o impacto em Nova Friburgo e região

Economista e consumidor falam das dificuldades a serem enfrentadas com a queda nas bolsas de valores

Por Matheus Oliveira
11/03/20 - 13:53
Alta do dólar: saiba qual deve ser o impacto em Nova Friburgo e região Alta do dólar deve trazer impactos nos preços de produtos e serviços em todo o Brasil | Foto: Banco de imagem

Guerra comercial, queda no preço do petróleo e o surto provocado pelo novo coronavírus, o Covid-19. Tal situação fez com que o valor da moeda americana, o dólar, que já vinha em alta, disparasse. Assim bolsas ao redor do mundo fecharam com queda nas ações e incerteza nos próximos dias. Mas a grande pergunta é: o que a tal alta do dólar pode influenciar na vida do cidadão comum?

A moeda americana já vinha em forte alta e na última segunda-feira, 9, chegou a quase R$4,80, na cotação comercial. Isso se deve em parte pela guerra pelo preço do petróleo tendo em vista que a Arábia Saudita cortou o valor da venda do barril na esteira das negociações fracassadas entre Rússia e Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre o preço dos commodity (bens de qualidade uniforme, no caso, o petróleo, produzidas em grandes quantidades).

Nos principais mercados, a queda chegou a quase 25%.

Como se não bastasse, o surto do novo coronavírus, o Covid-19 vem fazendo com que países fechem barreiras, como é o caso da Itália, cancelem eventos esportivos como Grande Prêmio de Fórmula 1 da China e jogos de campeonatos de futebol.

O vírus chegou ao Brasil. Então, para o mercado nacional quais são as maiores dificuldades? Segundo o professor de economia, Sidney Mathias, a alta do dólar se deve a motivos diferentes e foi pico de uma tendência, que inclui ainda a briga comercial entre Estados Unidos e China.

“Estamos em um contexto de muita incerteza e volatilidade. Neste cenário, fica mais caro para importar e mais vantajoso exportar. Quem trabalha com importação de bem, importando para revender ou importa insumo, ferramenta, matéria prima e serviço, o preço final vai encarecer. Por sua vez, para as empresas que produzem bens e exportam, a vantagem é maior. Já que fica mais rentável vender para o exterior. Assim, você recebe mais recursos pela mesma quantidade”, revela.

O profissional da área econômica explica ainda que o aumento nas vendas para o exterior, como no caso do setor da moda íntima e o industrial, fortes na Região Serrana, podem fazer com que faltem itens no mercado nacional, pressionando a inflação e gerando um aumento generalizado nos preços.

“Se a situação se estabilizar com a moeda americana em alta, os preços seguem altos e a inflação aumenta”, conta Sidney.

Ele explica que o dólar alto e estabilizado, atrai mais investimentos estrangeiros. Sidney ainda relata que, entretanto, os investimentos estão retraídos e o surto de coronavírus tem ampliado e paralisado a atividade econômica em todo o mundo.

“Essa situação faz a demanda se retrair, mas faz a oferta também diminuir. Teremos um período de escassez de produtos para a indústria e para o consumidor final. E essa escassez ela tende a causar uma elevação nos preços e pode pressionar a inflação”, ressalta.

E por fim, o professor de economia salienta que a guerra no preço dos barris de petróleo não será sentida na bomba, porque o Brasil exporta petróleo in natura e importa combustível refinado, fazendo com que os preços não sejam reduzidos.

Consumidor fala sobre dificuldades com a alta do dólar

Tal situação afeta muitos consumidores que compram produtos importados ou viajam. Este é o exemplo do profissional friburguense de TI, Luciano Barroso.

Ele afirma que ao comprar produtos importados, como vinho, a alta do dólar impacta em taxas maiores e que a taxa usada para a cobrança é a do dia em que a fatura fecha.

“Imagine que o dólar está em torno de R$5,00 e a viagem é daqui a quatro meses. E se no momento de viajar, ele custar R$ 6,00 e você ter que gastar mais para ter os dólares? E ele pode abaixar. Quando você vai viajar e a moeda está oscilando, você deve parcelar. Tipo comprar 150 em um mês, 300 em outro. Tenho quatro meses e se ele só aumentar, levo uma porrada só”, afirma.


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