Festa Literária de Madalena comemora retorno das atividades presenciais após dois anos

Depois de dois anos sem eventos abertos ao público, a 13º Flim – Festa Literária de Santa Maria Madalena – começa a partir desta sexta-feira, dia 26, e vai movimentar a cidade com dezenas de atividades no final de semana.

A festa acontece até domingo, dia 28, e o fio condutor da programação é exatamente o retorno dos encontros presenciais.

De acordo com uma das organizadoras, Simone Giron, o título escolhido – A Festa do Reencontro – é o tema principal da Flim, que também aponta mais duas abordagens: o centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário da Independência do Brasil.

O evento é realizado anualmente desde 2010, no centro histórico da cidade. Sempre no último fim de semana de agosto, são oferecidas atrações culturais gratuitas, parte delas inspiradas na obra de um escritor de renome nacional, escolhido para ser o homenageado do ano, como informou Simone Giron.

Esse ano, após dois anos realizando o evento de forma online, retornamos com o tema do reencontro. Não teremos um escritor homenageado, mas teremos em torno de 43 atividades onde 11 escolas municipais, 3 creches, 2 escolas particulares e uma escola estadual participam ativamente.

Uma das principais atrações da edição desse ano é e palestra no sábado, 27, do professor e historiador Paulo Knauss, na Universidade Federal Fluminense (UFF). De acordo com Simone Giron, ele vai dar uma visão panorâmica de algumas das principais questões políticas, econômicas e sociais do Brasil de 1822 e seus impactos e permanências no Brasil de hoje.

Para nos ajudar a refletir sobre os significados desses 200 anos, ele vai nos falar sobre ‘O Brasil de 1822 e o Brasil de 2022: O que foi e o que ficou’.

Paulo Knauss é pesquisador no meio acadêmico, sobretudo por suas contribuições à história da arte e das cidades brasileiras, assim como grande divulgador do conhecimento histórico para públicos diversos. Knauss, que foi diretor do Museu Histórico Nacional e tem dezenas de livros e artigos publicados, vai fazer sua palestra no tendão Cultural.

No mesmo dia, o escritor gaúcho André Gardel, que também é professor de Letras e de Artes Cênicas na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uni-Rio), vai ministrar palestra sobre 'A Amazônia mítica e a Amazônia real dos dias atuais'. ‘A viagem de Ulisses pelo rio Amazonas’ é o livro de Gardel que será lançado na Flim, repleto de aventuras e com uma narrativa épica.

São mais de 40 atividades diferentes nesses dias de evento, com palestras, apresentações, shows, lançamentos de livros, jogos, exposições, atividades em escolas, e até forró e baile de máscaras. Quatro nomes da arte contemporânea fluminense estarão nesta edição da Flim: Lina Ponzi, Desirée Monjardim, Emanuel Monjardim e Rubens Mattos. Eles vão exibir telas, instalações e uma atividade interativa, na Tenda Galeria das Artes.

As duas edições anteriores do evento aconteceram de forma virtual, por causa da pandemia da Covid-19, e o público acompanhou a Flim pelo site. Pela internet, as pessoas puderam assistir vídeos com relatos de autores que já foram homenageados nas edições anteriores da festa, como Ana Maria Machado, Antonio Torres, Bia Bedran, Nei Lopes e Nélida Pinõn (homenageada em 2019), sobre como estavam vivendo na quarentena.

Para saber a programação completa, é só acessar a página oficial da Flim.

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