Ministra da Saúde se manifesta após polêmica envolvendo filho que foi escolhido como secretário em Cabo Frio

Em pouco menos de dez dias, após a nomeação de Márcio Lima Sampaio como novo secretário de Cultura de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, Nísia Trindade, ministra da Saúde, e a prefeitura da cidade se manifestaram sobre a polêmica envolvendo a escolha do nome do novo chefe da pasta.

De acordo com alguns portais de notícias, Márcio Sampaio, que é filho de Nísia, atual ministra do governo federal, foi escolhido para o cargo um mês depois de o Ministério destinar R$ 55 milhões, verba direcionada por meio da portaria GM/MS nº 2.169, para a prefeitura cabo-friense.

Quem se defendeu das acusações foi a própria Nísia, por meio de uma publicação no ‘X’, antigo Twitter. Na postagem, a ministra afirma que não teve nenhuma relação com o convite feito pela prefeita Magdala Furtado (PL) para o cargo na pasta.

O ministério destina recursos para municípios de todo o Brasil, como parte da gestão tripartite do SUS. Fiquei feliz ao ser comunicada pelo meu filho do convite para ser Secretário de Cultura de Cabo Frio. Estou certa de que Márcio Sampaio fará um excelente trabalho na área à qual vem se dedicando.

Por meio de nota, o governo municipal afirmou que Márcio foi escolhido para o cargo de secretário municipal de Cultura por ser "uma pessoa qualificada, jovem e envolvida com a classe cultural". A prefeitura garantiu que a escolha para o cargo não teve influência nem indicação da ministra da Saúde:

Além da experiência do novo secretário, a prefeita Magdala Furtado levou em consideração a proximidade de Sampaio com o Ministério da Cultura e a Secretaria da Cultura do Estado do Rio de Janeiro, o que vai ajudar o município a levar mais projetos e atrair recursos para Cabo Frio.

Além de Nísia e da prefeitura, a assessoria de Comunicação do Ministério da Saúde publicou uma nota desmentindo as informações veiculadas pelos portais de notícia nas últimas semanas:

São falsas as ilações reportadas na matéria assinada por Cláudio Magnavita, assim como o paralelo que a matéria tenta construir entre as práticas do governo anterior à frente do Ministério da Saúde e a gestão atual. Cabe destacar que a atual gestão, desde que assumiu, retomou o diálogo com estados e municípios e mantém constante interlocução com governadores e prefeitos, tendo recebido inúmeras solicitações de apoio para incremento de recursos para o custeio de ações de média e alta complexidade (MAC).

O esclarecimento do ministério continua:

No caso específico do município de Cabo Frio, as demandas atendidas têm origem em solicitações da gestão anterior do município, e se enquadram nos critérios estabelecidos para a recuperação de ações e serviços de saúde no território. Isso ocorreu em todo o país, indistintamente, conforme se pode verificar a partir das portarias publicadas pela Pasta ao longo exercício.

De acordo com a pasta federal, o aporte de recursos adicionais para o custeio das ações de saúde nos estados e municípios atende à demanda de gestores municipais e estaduais, que viram seus recursos de saúde reduzidos na gestão anterior e agora podem contar com o apoio do governo federal.

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