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Após decisão judicial, Câmara de Friburgo vota novamente composição das comissões permanentes

Eleição que estava marcada para acontecer na terça, 24, foi adiada para a próxima quinta, 26

Por Natalia Amorim
24/06/25 - 16:53 Atualizada em 25/06/25 - 10:01
Após decisão judicial, Câmara de Friburgo vota novamente composição das comissões permanentes Eleição das comissões permanentes, que aconteceria na última terça, 24, foi remarcada em razão do falecimento do pai do presidente da Casa | Foto: Jean Teixeira

A votação das comissões permanentes da Câmara Municipal de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, volta a ser assunto no cenário político local.

Ela estava marcada para acontecer nessa terça-feira, 24, mas foi adiada, em função do falecimento de Tadeu Tardem, pai do presidente da Casa, Dirceu Tardem.

A nova data, segundo a assessoria de imprensa do Legislativo, será a próxima quinta-feira, 26.

A sessão chegou a ser aberta. Na ocasião, foi lido o expediente para dar ciência da tramitação das matérias que estavam iniciando na Casa, e, em pouco tempo, foi decidido, por unanimidade dos vereadores presentes, o adiamento da votação da eleição das comissões.

O tema a ser discutido tem gerado polêmica desde o início do ano e movimentado os bastidores da política friburguense.

Após vitória na Justiça, em primeira e segunda instâncias, será realizada a nova eleição.

A pauta será exclusiva e acontecerá após um mandado de segurança impetrado pelo vereador Marcos Marins (PSD), por intermédio da advogada Nathalia Klein.

O vereador e outros três parlamentares — Cláudio Damião (PT), Maiara Felício (PT) e Maicon Gonçalves (Mobiliza) — alegaram terem sido excluídos da votação que definiu a composição das comissões no dia 6 de fevereiro.

Na defesa apresentada, a Câmara argumentou que houve “desistência voluntária” dos quatro vereadores, mas a Justiça entendeu que a Casa não conseguiu comprovar essa versão.

A polêmica ganhou força após os parlamentares denunciarem que, antes mesmo da votação, já circulava nas redes sociais uma lista com os nomes e as funções dos vereadores que ocupariam as comissões, o que, segundo eles, caracterizaria uma articulação prévia para deixá-los de fora dos espaços de decisão.

A sessão de fevereiro, inclusive, foi marcada por protestos e discussões acaloradas.

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O que dizem os vereadores que ficaram de fora das comissões?

  • Cláudio Damião (PT) classificou o episódio como um erro grave:

A atitude da base governista de excluir quatro vereadores das comissões foi uma violência contra o Regimento Interno. Espero que haja mais diálogo e compreensão de que todos fomos eleitos e merecemos respeito como representantes da população. Espero que estejam mais acessíveis ao diálogo e compreendam que todos nós fomos igualmente eleitos e devemos ser respeitados enquanto representantes da população. As Comissões Internas da Câmara tem a tarefa de emitir parecer sobre matérias a serem votadas. Precisam ser técnicas. Não devem ser chapa branca.

  • Maiara Felício (PT) destacou que o desfecho representa uma vitória para o Legislativo e para a democracia:

As comissões têm papel fundamental e não podem ser aparelhadas para blindar quem quer que seja. Impedir qualquer um de nós de participar desse espaço só por sermos oposição fere os valores democráticos. Respeitar o direito de todos os parlamentares de ocuparem as comissões é respeitar o friburguense. Hoje, a votação na Câmara é o respeito à democracia que elegeu cada um dos 21 parlamentares e que cada um desses 21 parlamentares tem o direito e o dever de ocupar comissões ao qual as suas próprias expertises podem contribuir para a vida do friburguense. A gente está falando diretamente de um bom senso, de um entendimento que A ou B não são detentores de todo o poder da casa legislativa. Ele precisa ser dividido igualmente dentro das comissões e dentro das atribuições de cada parlamentar.

  • Maicon Gonçalves (Mobiliza) disse que acredita na independência dos poderes:

Espero que a sessão, após a decisão judicial, organize as comissões de forma justa e sem interferência do Executivo. O Legislativo existe para fiscalizar e propor melhorias, não para ser controlado. A Justiça deixou claro que os poderes são harmônicos, mas independentes. Essa é uma vitória para a oposição e principalmente da cidade.

  • Marcos Marins (PSD) questionou a distribuição das vagas:

São 21 comissões e 77 vagas que exigem compromisso. O que justificaria uma distribuição desigual, senão o esquecimento dos princípios democráticos? O resultado de hoje mostrará que tipo de Legislativo nós temos: uma Câmara que olha para si ou que olha para Nova Friburgo? Respeitar o Legislativo é respeitar a si mesmo e ao povo. Hoje, não espero apenas justiça formal, mas sensibilidade humana.

O que diz a Câmara dos Vereadores

Em resposta à reportagem, a assessoria de imprensa da Casa Legislativa afirmou que, embora ainda caiba recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a mesa diretora optou por não recorrer da decisão e refazer a eleição das comissões permanentes para garantir a tramitação regular dos projetos que dependem de sua análise.

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