Após tocarem trombetas por nove dias, homens deixam o cume do Dedo de Deus
Dupla foi levada ao local por um helicóptero sem autorização de voo e acampou de forma irregular na montanha, segundo ICMBio
Os dois homens que foram deixados por um helicóptero, de maneira irregular, no cume do Dedo de Deus, na Região Serrana do Rio, no último dia 2 de setembro, já deixaram a montanha. A informação foi confirmada ao Portal Multiplix pelo Corpo de Bombeiros e pelo Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso).
"O grupo desceu da montanha na última sexta-feira, 10, com escaladores contratados de fora do município de Teresópolis, que também entraram no parque de forma ilegal", disse o tenente-coronel Araújo, comandante do 16° GBM (Grupamento de Bombeiro Militar).
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o Parnaso, o voo do helicóptero tripulado sobre o parque, não tinha autorização. O instituto também disse que ainda não foi possível identificar a aeronave nem o piloto.
Todas as provas materiais estão sendo colhidas e os dois homens que permaneceram no alto do Dedo de Deus já foram identificados, de acordo com o ICMBio.
No cume da montanha, foram montadas barracas de acampamento. Um vídeo gravado por um drone mostra os homens vestindo camisas com os dizeres "Exército de Cristo" e tocando trombetas para o céu.
Durante a ocorrência, não houve intervenção das autoridades competentes já que a operação seria de grave risco. No entanto, houve o suporte do Corpo de Bombeiros, que ficou à disposição para apoio com militares especialistas em salvamento em montanha, do ICMBio e do Ministério Público Federal (MPF) no intuito de organizar respostas em caso de incidentes, o que não ocorreu.
Pena para os autores
O ICMBio informou que o descumprimento das regras do Plano de Manejo em Unidades de Conservação Federais é uma infração administrativa, prevista no artigo 90 do Decreto Federal n° 6.514/08 com pena de multa de R$ 500,00 a R$ 10.000,00.
A autuação será feita pelo instituto, e agora o trabalho é identificar o piloto do helicóptero e se houve outras pessoas envolvidas no caso.
O ICMBio pede que as pessoas que tenham informações, auxiliem nas investigações e enviem um email para: icmbioteresopolis@icmbio.gov.br. O sigilo é garantido, segundo o instituto.
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