Sol! Quem está na serra se queima mais do que quem está na praia?
Na serra ou no mar, o uso do protetor solar é indispensável

Com o verão, nosso cuidado com a exposição ao sol aumenta, por conta dos efeitos dos raios ultravioletas, que podem causar queimaduras, envelhecimento precoce e câncer de pele. E, para quem vai viajar para a serra ou para o litoral, surge a pergunta: onde devemos nos proteger mais?
Segundo o geógrafo Wanderson Amil, a atmosfera funciona como um filtro, quanto mais denso o ar, menor é o impacto da radiação solar na superfície. "Quem mora na serra, onde o ar é mais rarefeito por conta da altitude, está mais suscetível aos efeitos nocivos do sol em comparação a quem mora no litoral, onde há maior densidade de ar. Então, dizer que quem mora no serra se queima mais porque está mais próximo ao sol é irrelevante, pela distância entre a Terra e o Sol, que é de 149,6 milhões de km”, explica.
O dermatologista Reynaldo Herdy diz que, independentemente de estar na serra ou no mar, do dia estar ensolarado ou não, o protetor solar é indispensável para evitar danos à pele e que o horário e o local de exposição do sol faz diferença.
“Quem está na serra pode se iludir com a temperatura amena e ficar mais exposto ao sol do que quem está na praia, que sente o calor e acaba se protegendo mais. Quem está na piscina, por exemplo, está tão exposto à radiação quanto quem está na praia, que está sujeito também ao reflexo dos raios solares na areia. Na rua, a exposição ao sol já é menor”, explica.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o protetor deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição ao sol para que a pele o absorva, e deve ser renovado a cada duas horas. Quem entra na piscina ou no mar deve repassar o protetor quando sair da água, mesmo que venha com a especificação “resistente à água”.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pele responde por 33% de todos os diagnósticos da doença no Brasil e pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar a doença. Sendo assim, ao detectar qualquer irregularidade ou sinal diferente na pele, procure um médico.