Assessora trans de vereadora Benny Briolly é agredida a pauladas por cinco homens na saída de bar em Cabo Frio
Ao buscar atendimento na UPA, namorado da vítima denunciou que foi agredido por segurança da unidade
Ariela Nascimento, mulher trans e assessora de Benny Briolly (PSOL), foi agredida com chutes e pauladas por cinco homens ao sair de um bar na madrugada desse domingo, 5, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.
O caso foi registrado na 126ª Delegacia Policial da cidade, onde o companheiro da vítima, que é um homem transexual, também denunciou ter sido agredido por um segurança quando buscavam atendimento na UPA da cidade.
Segundo o depoimento de Ariela, o namorado foi agredido após questionar o tempo de espera pelo socorro e a falta de uma ambulância para transferi-la para outro hospital da cidade.
Benny Briolly, primeira vereadora trans de Niterói, prestou solidariedade para a sua assessora:
Um absurdo toda a violação de direitos e agressões brutais direcionados ao seu corpo. Não descansaremos até que o ódio e a violência deixarem de mirar como alvo prioritário o corpo das pessoas trans. É inaceitável! Inadmissível.
A Superintendência de Políticas Públicas LGBTI+ de Cabo Frio e o Centro de Cidadania LGBTI da Baixada Litorânea foram acionados e prestaram apoio às vítimas.
Nas redes sociais, Pedro Rosa, superintendente de Políticas Públicas LGBTI+, afirmou que o governo municipal está auxiliando nas investigações:
Fomos até a UPA para averiguar a denúncia de transfobia sofrida pelo casal. Ao chegar ao hospital, ficamos sabendo também que houve uma segunda denúncia motivada por transfobia dentro da dependência do hospital por parte de um funcionário.
Pedro Rosa informou ainda que essa denúncia está sendo averiguada:
"A Prefeitura de Cabo Frio está trabalhando na capacitação de servidores para que casos como esse não venham mais a acontecer. Esse caso não pode ser tratado como mais um caso isolado, dentro de tantos registros que são feitos”, destacou Rosa.
A administração municipal pede que em situações como essa a população denuncie pelo Disque 100 ou através do WhatsApp da própria Superintendência LGBTI+ da cidade pelo número: (22) 99908-7825.
A Polícia Civil abriu investigação para tentar identificar todos os agressores.
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