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Nova Friburgo dá início à campanha de prevenção à sífilis: 'Outubro Verde'

Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro alerta para aumento de casos da doença no estado

Por Natalia Amorim
17/10/22 - 16:01
Nova Friburgo dá início à campanha de prevenção à sífilis: 'Outubro Verde' Posto do Suspiro é um dos locais que fazem atendimento para pessoas com suspeita de sífilis | Foto: Reprodução/Portal Multiplix

O Programa Municipal de IST, AIDS e Hepatites Virais de Nova Friburgo, na Região Serrana, realiza, a partir desta semana, a campanha de prevenção à sífilis, através de um cronograma de atividades na rede básica de saúde.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, só de janeiro a setembro deste ano, foram realizados 2.526 testes rápidos de triagem para a doença no município.

Deste número, 6,5% tiveram resultados reagentes. Isso representa uma diminuição do número de casos em comparação com o último ano. Diferentemente do avanço de registros no estado.

Todas as unidades de saúde do município realizam o tratamento contra a doença e durante todo o ano são promovidas ações nos postos de saúde e com as comunidades, segundo a prefeitura.

Apesar disso, neste mês estão sendo realizados mutirões de testagem de detecção de sífilis e HIV nas unidades do município. É necessário levar apenas um documento original com foto e o cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).

O objetivo é incentivar os exames e promover a visibilidade sobre o tema, que ainda enfrenta muito tabu e preconceito.

Confira os bairros onde acontecerão as ações

  • UBS Suspiro (toda terça e quinta-feira de 8h e às 13h - sala 5)

  • ESF Olaria II (18/10, das 9h às 15h)

  • ESF São Lourenço (18/10, às 9h)

  • ESF Olaria I (19/10, às 13h30)

  • ESF Cordoeira (20/10, das 9h às 12h)

  • ESF Riograndina (26/10, às 9h)

  • ESF Centenário (26/10, às 9h)

Aumento dos casos de sífilis no estado do Rio

No Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, promovido no último sábado, dia 15, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro fez um alerta para o aumento de casos da transmissão da doença de mãe para filho.

Em 2021, foram registrados 5.068 casos de sífilis no estado, uma alta de 15,6% em dois anos. O número de óbitos, no entanto, caiu 18% no mesmo período.

Entre 2019 e 2021, houve um crescimento de 15,6% do número de casos registrados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan): de 4.387, em 2019, para 4.448, em 2020, e 5.068, em 2021.

O Rio de Janeiro registra taxa de 21,1 casos por mil nascidos vivos; quase três vezes acima da notificação nacional (7,7 casos para cada mil nascidos vivos).

Por outro lado, no mesmo período foi verificada redução do índice de mortalidade: dos 229 óbitos, em 2019, para 216, em 2020, e 188, em 2021.

O que é o ‘Outubro Verde’

É uma campanha que alerta para o cuidado e o diagnóstico precoce da sífilis congênita, que é transmitida para a criança durante a gravidez ou o parto, o que pode ocasionar riscos diversos ao nascituro, seja em relação à audição, visão ou outras alterações graves no sistema nervoso.

Ainda há a sífilis adquirida, que é contraída pelo contato sexual com uma pessoa infectada.

Desconhecendo seu status sorológico, a pessoa com sífilis pode se tornar um vetor involuntário da epidemia.

Sendo assim, o conhecimento das informações corretas leva à busca por tratamento, promovendo a quebra da cadeia de transmissão da infecção de milhares de pessoas.

Estágios da doença

Transmitida pela bactéria treponema pallidum, a sífilis pode ser adquirida durante a relação sexual sem o uso de preservativos ou transmitida da mãe para o filho durante a gravidez. Sua manifestação ocorre em três estágios:

  • 1º - A doença se manifesta até o 90º dia após o contágio por meio de uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele). Esta ferida não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas na virilha

  • 2º - Após o surgimento da ferida inicial e a cicatrização espontânea, aparecem manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés

  • 3º - (estágio mais avançado da sífilis) Os órgãos internos, incluindo cérebro, olhos, nervos, coração, vasos sanguíneos, fígado, ossos e articulações - podem ser danificados, mesmo após décadas da doença. Pode ocorrer, inclusive, dificuldade de coordenação dos movimentos musculares, paralisia, cegueira gradual, demência e até a morte.

Diagnóstico

O diagnóstico da sífilis é clínico, epidemiológico e laboratorial, e acontece através de um exame de sangue. A doença pode ser tratada no Sistema Único de Saúde (SUS) através de injeções de penicilina.

Uma vez curada, a sífilis não reaparece – a não ser que a pessoa seja reinfectada por alguém que esteja contaminado.

Sífilis congênita

A sífilis congênita pode gerar complicações como aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto com surdez, cegueira, deficiência mental ou morte ao nascer.

Isso reforça a importância da realização do acompanhamento pré-natal.

Se a gestante for detectada com a doença, poderá fazer o tratamento corretamente, assim como o seu parceiro sexual, e evitar, desta forma, a reinfecção e transmissão da doença através do parto.

A ausência de tratamento durante a gestação pode ocasionar sintomas na criança logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida, sendo mais comum o surgimento dos sinais logo nos primeiros meses.

Prevenção

O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno e adequado das gestantes e parceiros durante o pré-natal são fundamentais para a redução da morbidade e da mortalidade associada à sífilis congênita.

Através do Sistema Único de Saúde (SUS), a gestante pode buscar as Unidades Básicas de Saúde.

Veja outras notícias da Região Serrana do Rio no Portal Multiplix.


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