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Por que um objeto é percebido por cores diferentes?

A percepção das cores é um processo cognitivo e ajuda o cérebro a atribuir sentido ao ambiente

Por Sara Schuabb
08/05/19 - 16:53
Por que um objeto é percebido por cores diferentes? A percepção diferenciada das cores não está relacionada aos hemisférios cerebrais | Foto: Banco de Imagem

Por que as pessoas enxergam com cores diferentes o mesmo objeto? Essa questão ressurgiu recentemente a partir da imagem de um tênis que estava circulando nas redes sociais, passando a ideia de que os que veem rosa e branco usam mais o lado direito do cérebro e por isso são pessoas mais criativas, intuitivas, abstratas, artísticas e não lineares, enquanto os que veem o calçado verde, azul ou cinza, utilizariam mais o hemisfério cerebral esquerdo, sendo mais racionais, analíticos, lógicos e críticos. No entanto, essa vinculação entre percepção visual e os hemisférios cerebrais é um mito.

Segundo o psicólogo Khristian Drummond, a percepção das cores não está relacionada com a predominância de um ou outro lado do cérebro porque a visão encontra-se no córtex occipital nos dois hemisférios.

“O cérebro não funciona simplesmente como uma câmera, tirando fotos sequenciadas do nosso universo. Ele inventa ou cria os sinais distintivos de seu ambiente para estabilizar o nosso mundo sensorial. Por exemplo, o cérebro cria a aparência da cor. Pode criar uma imagem colorida a partir de duas imagens em preto e branco. Quando uma destas imagens se projeta através de um filtro monocromático, as imagens sem cor podem ser convertidas em imagens com cor por ele”, explica.

Desse modo, as diferenças na iluminação, resolução da tela do celular e da imagem e na acuidade visual dos olhos, somada à essa capacidade do cérebro de atribuir cores mesmo a uma imagem em preto e branco é que gera essas diferenças na nomeação das cores.

Khristian diz que esta experiência foi realizada pela primeira vez por Edwin Land, na década de 1950, na Rosenfield City University, em Nova Iorque, comprovando que a percepção da cor ajuda o cérebro a atribuir sentido ao ambiente, nos orientando a selecionar e nosso comportamento e antecipar resultados.

A psicóloga Andrea Goldani diz que a percepção é um processo cognitivo e se relaciona com a interpretação individual. “Algumas pessoas são mais sensíveis a cores, outras a cheiros ou a sabores, portanto o fato de perceber diferente, a meu ver, não se relaciona com os hemisférios cerebrais. Mas, sim, com a forma de processar a informação”, complementa.

Como enxergamos as cores

Pode parecer estranho, mas a cor não está no objeto. Os objetos absorvem todas as cores que estão na luz branca e refletem apenas a que vemos, por meio da luz que chega a nossos olhos. Na camada interna dos olhos, denominada retina, existem os cones e os bastonetes, que transmitem a informação de que recebem ao cérebro, que percebe as cores do mundo e cada indivíduo percebe de um jeito.

Normalmente, os seres humanos têm três tipos de cones. O primeiro responde à luz de comprimentos de ondas longas, chegando a uma cor vermelha. O segundo responde à luz de comprimento de onda média, atingindo um máximo de uma cor verde, e o terceiro responde mais a um curto comprimento de onda de luz, de cor azulada. Os daltônicos tem dificuldades de distinguir entre algumas cores, como verde e vermelho, por exemplo, por terem defeito em um dos cones.


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