Nova Friburgo pretende criar centro de preservação do sagui-da-serra

O sagui-da-serra, ou sagui-aurita, identificado na região da Serra do Mar, incluindo Nova Friburgo, Região Serrana do Rio, é uma espécie de primata encontrada em matas preservadas e que sofrem perigo de extinção devido à perda do habitat natural. Na manhã desta terça-feira, 26 de fevereiro, os conservacionistas Dominic Worwll, da Durrel Wildlife Conservancy Trust, da Inglaterra, e Warner Jens, da Apenheul, da Holanda, reuniram-se com o presidente do Programa de Educação Ambiental (Preá), o biólogo Rodrigo de Carvalho, e o subsecretário de Pesquisas e Planejamento Urbano da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Sustentável de Nova Friburgo, Alexandre Sanglard, para tratar da preservação da espécie no município.

O presidente do Programa de Educação Ambiental (Preá), Rodrigo de Carvalho, que coordena o programa de preservação do sagui-da-serra propôs a ampliação do programa para Nova Friburgo, elegendo o sagui-da-serra-escuro como símbolo da cidade.

“Nós queremos dar continuidade à preservação dessa espécie porque isso implica também na proteção das matas da cidade, extremamente importantes não só para Nova Friburgo como para todo o estado”, afirma o biólogo.

De acordo com o subsecretário de Pesquisas e Planejamento Urbano da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Sustentável, Alexandre Sanglard, a proposta é criar um centro de preservação desses animais em Nova Friburgo.

Sagui-da-serra

Nativo da Mata Atlântica, os sagui-da-serra se alimentam de frutos, presas animais e resinas de árvores. Em geral, vivem em grupos de 2 a 7 macacos com apenas uma fêmea dominante. Normalmente, os irmãos mais velhos ajudam a mãe a cuidar dos mais novos, até que se juntem a novos pares e acompanhem outros bandos. Atualmente correm risco de extinção por razão da própria floresta e por ameaça de concorrência por alimento com o sagui-de-tufos-brancos.

O nome “sagui” vem da língua tupi e designa animal antigo, porém que se desenvolveu em muitas espécies diferenciadas. No Brasil, a espécie encontra-se em grande parte em matas fechadas tropicais dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais.