Diet ou light? Entenda a diferença e o que esses alimentos escondem
Para a reposição do sabor, há inclusão de outras substâncias que nem sempre são benéficas à saúde

Nas prateleiras dos supermercados há sempre uma gama de opções de produtos light (leve) e diet (dieta), que, à primeira vista, nos dão a impressão de serem a escolha mais apropriada para uma alimentação saudável e adequada, inclusive para perder peso. No entanto, de acordo com alguns nutricionistas, esses produtos não são tão benéficos assim.
Os produtos light têm o teor reduzido de sódio, açúcares, gorduras ou colesterol. Já os diets costumam não ter algum ingrediente em particular, como açúcar, gordura ou sal. Mas, para repor a ausência de algum elemento, há a inclusão de outros utilizados para reposição do sabor, que nem sempre fazem bem à saúde. O chocolate diet, por exemplo, leva edulcorante e gordura para manter o sabor agradável, podendo até ser mais calórico que um chocolate convencional.
Segundo a nutricionista Louise Asth, a legislação brasileira determina uma diferença entre os alimentos lights e diets. O alimento light tem redução de 25% de qualquer substância, pode ser de açúcar, sódio, proteína ou gorduras. Já o alimento diet tem isenção de alguma substância, como por exemplo, o açúcar, o sódio ou a gordura.
“Esses alimentos não são necessários na dieta e não devem ser consumidos diariamente. Primeiro, porque quando reduzimos o açúcar dos alimentos, na maioria das vezes incluímos o adoçante para manter o sabor docinho, e nem sempre eles são bons. As indústrias usam os mais baratos, como o aspartames, que é comprovadamente cancerígenos. Hoje, temos uma mobilização maior para adotar os mais naturais, xilitol e estévia, mas são mais caros. E, no geral, eles incluem adoçantes que não são bons para saúde e isso acaba empobrecendo muito o alimento”, explica.
Em relação aos alimentos light, Louise explica que reduzir sódio, por exemplo, nem sempre o alimento será menos calórico, e as pessoas acabam consumindo com mais liberdade. “Ser light não quer dizer necessariamente ter 25% a menos caloria, pode ser menos substância de qualquer coisa, lactose, por exemplo”, diz.
De acordo com o Guia Alimentar Para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, os produtos diet ou light são ultraprocessados e devem atender, eventualmente, pessoas que realmente têm alguma restrição alimentar. Para os demais consumidores que buscam uma alimentação saudável, a melhor opção ainda é optar por uma alimentação mais natural, rica em frutas, legumes, verduras e grãos integrais.
“Light e diet não devem ser usados no consumo diário, devem ser vistos como recursos a serem usados eventualmente quando necessário, mas não devem estar inclusos na rotina de nossa alimentação”, finaliza a nutricionista Louise Asth.