Escritora de Friburgo lança livro que aborda tragédia da chuva em 2011
'O poder do rádio na tragédia climática' relata como foi a cobertura jornalística, relembra os acontecimentos e mostra como a cidade se recuperou
Que o rádio é uma ferramenta de grande abrangência de comunicação, a gente sabe. Mas, o que muita gente pode não perceber, é que ele pode ser fundamental em situações de emergência e em catástrofes.
Para contar como foi o papel desse veículo em um dos maiores desastres ambientais no Brasil, a jornalista Gabriella Bini Espósito escreveu o livro '2011 - O poder do rádio na tragédia climática', que vai lançar na quinta-feira, 26, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. O evento será fechado neste primeiro momento, de acordo com a autora.
Gabriela relata em seu livro toda a cobertura da tragédia de 2011, conta histórias de superação na cidade e o ressurgimento de Nova Friburgo na fase de pós-tragédia. Ela relembra também acontecimentos quando as atuais ‘fakenews’ eram denominados como ‘boatos’.
É um tema delicado e triste, que assombrou muitas famílias e toda a região. O assunto destaca uma atuação jornalística no acontecimento em si.
Gabriela também faz uma avaliação do trabalho que empenhou: “Envolvi teoria e prática, para que novos profissionais possam ter base nas apurações. É um material histórico que será perpetuado na memória política, histórica e cultural da cidade".
A base do seu relato, como afirma a autora, “é a pesquisa científica e acadêmica, detalhando a atuação do rádio na tragédia climática de 2011 na Região Serrana do Rio de Janeiro, em especial, Nova Friburgo”.
O livro relembra momentos marcantes depois da tragédia, como o período que a cidade ficou sem o fornecimento de serviços essenciais, como energia elétrica, telefonia, internet e água.
A obra originou-se em 2017, depois que apresentei minha monografia aos coordenadores de Jornalismo da Universidade Estácio de Sá Campus Friburgo, Jorge Antônio Maroun, Maria Cristina Gurjão e João de Deus.
Segundo Gabriela, os professores a incentivaram para o livro. Ela explica:
Devido ao conteúdo ser cientificamente rico em detalhes, servir de acervo à memória da cidade e auxiliar estudantes e pesquisadores para futuras pesquisas acadêmicas.
O livro tem quatro capítulos e aborda conceitos de jornalismo. Ainda segundo a autora, seu relato relembra histórias de superação vividas por diversos profissionais, como músicos, médicos, jornalistas, militares, empresários e autoridades em Nova Friburgo.
Neste ano, a tragédia climática na Região Serrana completou 12 anos. Passado todo esse tempo, Nova Friburgo ainda é considerada a 2ª cidade do país com mais áreas de risco.
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