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Escritor radicado em Nova Friburgo celebra 40 anos de seu primeiro livro infantil

Álvaro Ottoni conta como foi o processo criativo da obra “A Árvore que Fugiu do Quintal”

Por Matheus Oliveira
10/02/21 - 13:08
Escritor radicado em Nova Friburgo celebra 40 anos de seu primeiro livro infantil Álvaro Ottoni comemora 40 anos do livro A Árvore que Fugiu do Quintal | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Um nome importante da literatura brasileira e dono das mais ousadas propostas de incentivo à leitura. Conhecido por sua obra literária e pelo trabalho de contação de histórias, sempre inovador e criativo. Mas tudo começou com uma árvore de sua infância. E assim, o escritor Álvaro Ottoni, carioca, radicado em Nova Friburgo, iniciou sua carreira e celebra, em 2021, os 40 anos do seu primeiro livro infantil: “A Árvore que Fugiu do Quintal”.

Álvaro tem 40 anos de carreira e exatos 40 livros publicados. Escritor, possui um canal no Youtube, ao lado da filha Elisa Ottoni, atriz, contadora de histórias e oficineira que se chama Trelelê-Tralalá, além de já ter sido secretário de Leitura e diretor da Biblioteca Municipal de Nova Friburgo.

O escritor é integrante da Academia Friburguense de Letras e possui um relevante trabalho de contação de histórias na cidade, inclusive durante a tragédia climática que atingiu a Região Serrana do Rio.

Mas antes disso, Álvaro conta que a árvore que ficava em sua casa de infância, um casarão, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, foi a inspiração para a primeira obra.

“Sou o sétimo de dez filhos. Nasci em um casarão, no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro. Meu pai era escritor, tinha livros por toda casa, quintal com campo de futebol e uma grande mangueira. Ali, sem influência alguma do mundo externo, era feliz e bem o sabia. Falava sozinho e tinha um monte de amigos imaginários. Aos poucos, os irmãos mais velhos foram casando e a casa ficou muito grande para pouca gente. Então, meu pai a vendeu. Da tristeza pela perda daquela casa, referência de vida, e da minha mangueira, pensei: “se essa árvore soubesse que ia ser cortada, fugiria”. Assim, nasceu em 1977 o texto “A Árvore Que fugiu do Quintal”. Em 1981, o livro foi editado. E a árvore continua fugindo, estamos na 24ª edição impressa”, relembra.

O escritor conta que a obra foi parar no teatro, montada em 1990 por Isaac Bernat e foi espetáculo convidado da ECO 92. Depois, foi remontada e virou musical, em 2016, por Zé Helou.

Álvaro revela que a história o apresentou ao público infantil, mas que ela chega “ao coração de crianças de todas as idades”.

Ele revela ainda que o livro se tornou uma grande inspiração para futuras gerações e fez sucesso em nível nacional.

“O livro foi lançado com imenso sucesso. Recebi amplo apoio da Paula Saldanha, em seu inteligente e criativo programa de TV, Globinho, e da mídia de forma geral. Foi uma das primeiras obras a abordar ecologia no país. Em um mês de lançado ele já frequentava a lista dos mais vendidos do saudoso Jornal do Brasil e do O Globo. Em menos de 60 dias, virou edição. O editor me pediu mais um livro. A princípio fiquei apavorado. Com medo de ser autor de um livro só. Porque jamais pensei que um dia viria escrever para crianças. “A Árvore Que Fugiu do Quintal” foi um desabafo da minha infância. Mas, ao mesmo tempo, ganhei confiança. E parti para jogar o jogo. Sempre amei escrever e aquele desafio era gostoso. Nasceram assim de 1982 a 85: “A História de Um Sorriso”, “O Pato Pastel”, “Quando o Coração Recebe Visita”, e “O Peixe Que Não sabia Nadar”. Todos se tornaram sucesso de vendas e os três últimos também pararam no teatro”, revela o contador de histórias.

Assim, esses livros foram base para o escritor se transformar em um contador de histórias, levando ainda mais alegria, diversão e conhecimento para as pessoas.

“Entre conversas e autógrafos a criançada vira e mexe me pedia para contar o livro. Sempre respondia que não sabia contar, sabia apenas escrever. De tanto dar a resposta, um dia me perguntei: “por que eu não sabia?” Nessa época viajava muito pelo país trabalhando na capacitação de professores com o tema do “O Afeto e do Olhar na Educação”, ou com leitura e linguagem. Viajava muito comigo um imenso contador de histórias, Augusto Pessôa - muito mais moço do que eu – de quem fiquei muito amigo. E foi através dele, do encorajamento dele e das suas fantásticas oficinas que o contador aqui foi desabrochando. Há muitos e muitos anos que não só tenho meu show de contação de histórias como dou oficinas sobre essa arte milenar. A palestra que dava virou workshop, com um adendo ao título.” O Afeto e o Olhar na Educação e a Arte de Contar Histórias”, conclui.

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