É verdade que os bichinhos de estimação diminuem a sensação de solidão dos donos?
Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos comprova que cerca de 80% dos donos de animais de estimação se sentem menos sozinhos na presença do animal

Quem nunca chegou em casa e foi recepcionado por latidos e miados de alegria e saudade? Os animais de estimação são chamados de melhores amigos do homem, e não é à toa. Mas será que existe alguma comprovação de que esses bichinhos interferem na saúde mental de seus donos?
No caso da Yatha, que é friburguense e estudante de Dança na Universidade Federal de Viçosa (UFV), a relação entre ela e a gatinha, Kali, vai além de companhia.
“Essa foto foi tirada em um dia que cheguei da rua chorando. Geralmente ela faz festa quando me vê, só que nesse dia ela ficou em silêncio e só ouvia meu choro. Decidi começar a pintar um quadro e ela sentou nele, não me deixou desenhar. Kali permaneceu ali por minutos, até que meu choro tivesse uma pausa. Quando me viu mais calma, deitou no meu colo, e logo comecei a chorar novamente, só que dessa vez foi de felicidade”, conta.
Kali é a companheira de Yatha | Foto: Arquivo Pessoal/Yatha Johann
Uma pesquisa recentemente divulgada pelo órgão norte-americano Human Animal Bond Research Institute (Habri), que trabalha com pesquisas para documentar cientificamente os benefícios dos animais de estimação para a saúde, mostra que cerca de 80% dos donos de pet se sentem menos solitários na presença do companheiro animal.
Na pesquisa realizada pela Habri, também ficou comprovado que mais da metade dos entrevistados diz que o animal de estimação é uma forma de se conectar com outras pessoas e diminuir a timidez.
Guto Andrade, universitário friburguense e que atualmente mora no município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, é um dos donos do Jorel, que é uma companhia certeira quando ele precisa. O gato vive numa república com outro felino, o Adorno, e mais dois outros humanos.
“Aqui nós temos dois gatos, o Adorno e o Jorel. O primeiro é do Victor, que divide apartamento comigo, e o Jorel é da casa. Mas todo mundo acaba cuidando. A gente se dá super bem, são gatos, ou seja, não é aquela dependência e carência toda que os cachorros demandam, mas é uma relação muito maneira. Eles representam companheirismo, sentem quando você precisa de uma companhia, dão atenção, é uma via de mão dupla”, comenta.
Jorel e Adorno dividem apartamento com mais três humanos | Foto: Arquivo Pessoal/Guto Andrade
A história entre a jornalista friburguense Naiara Rentes e o vira-lata Fred é uma das provas de que ter um bichinho é mais do que uma chance de diminuir a sensação de solidão. Para ela, é uma forma de provar um amor incondicional.
“O seu bicho te olha como se você fosse a melhor pessoa, como se fosse o mundo dele. E, de fato, você é. Então, quando eu olho pro meu cachorro, eu tenho mais vontade ainda de ser o humano que ele acredita que eu sou. Ter um bichinho é aprender todo dia um pouco sobre amor, cuidado e presença”, conta a jornalista.
Fred é o melhor amigo da friburguense Naiara Rentes | Foto: Arquivo Pessoal/Naiara Rentes