Museu arqueológico em Rio das Ostras conta história de povo pré-histórico
Sambaquis, como eram chamados, viveram no litoral da região há milhares de anos e ajudaram a dar nome ao município

Oficialmente Rio das Ostras é um município jovem, com apenas 25 anos, desde sua emancipação de Casimiro de Abreu. Mas, se a cidade ainda está começando, a história do povoamento dessa região vai longe. Tem origem entre três e sete mil anos atrás, quando o local era habitado pelos sambaquianos.
Anteriores aos índios Tamoios e Goitacazes, que viviam nessa área à época da chegada dos portugueses, esse povo pré-histórico tinha um hábito alimentar baseado no consumo de moluscos, em especial ostras, extremamente abundantes. E o mais curioso: após consumi-las, as conchas eram amontoadas. Daí a origem do nome sambaqui, de origem no tupi-guarani, que significa “amontoado de conchas”. As enormes pilhas viravam verdadeiros morros, que mediam de dois a 20 metros de altura.
A história da habitação de Rio das Ostras por esse povo é contada no Sítio Museu Arqueológico Sambaqui da Tarioba. O local foi construído, como o próprio nome indica, sobre um sítio arqueológico, escavado por arqueólogos entre 1997 e 1998, e que revelou mais de 20 ossadas de sambaquianos, diversas peças e artefatos da época e, é claro, amontoados e amontoados de conchas.
A maioria desses achados foi mantida intacta no local, que disponibiliza também curiosidades encontradas em outros sítios arqueológicos do município, maquetes que simulam uma Rio das Ostras de milênios atrás e uma escultura que reproduz as feições dos sambaquianos.
O museu funciona na Rua Bento Costa Júnior, 70, no bairro Boca da Barra, em Rio das Ostras. O ingresso custa R$ 5. O horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábado, das 12h às 17h.