UPA de Friburgo regulariza atendimentos após 9 dias de paralisação

Durante nove dias, pacientes que procuraram a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no distrito de Conselheiro Paulino, em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio, se depararam com a paralisação dos atendimentos médicos.

Os profissionais alegavam atraso no pagamento dos salários.

Apenas os atendimentos de urgência e emergência estavam sendo feitos na unidade. Os demais foram encaminhados para o Hospital Municipal Raul Sertã, no Centro.

A situação gerou filas e sobrecarga nos atendimentos do hospital.

Nesta quinta-feira, dia 17, a situação foi normalizada, segundo informado ao Portal Multiplix, por uma funcionária da unidade, que não quis se identificar.

Segundo ela, os profissionais que estavam de plantão neste dia receberam os vencimentos atrasados. Em relação ao pagamento dos demais funcionários, ela não soube dizer.

A prefeitura, por sua vez, confirmou por meio de nota que “o atendimento já foi normalizado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Conselheiro Paulino, conforme a Organização Social Viva Rio, que é a gestora da unidade, confirmou à Secretaria Municipal de Saúde.”

Mas não disse, no entanto, se todos os profissionais que estavam com os salários atrasados receberam, nem de que forma foi resolvida a situação com a Viva Rio, responsável pela gestão da UPA.

Também não informou se algum representante da Secretaria Municipal de Saúde esteve no local para atestar a veracidade da informação.

A reportagem entrou em contato com a organização social e aguarda posicionamento a respeito do pagamento integral dos funcionários e sobre a forma que foi solucionado o impasse com a prefeitura.

Relembre o ocorrido

Desde o início da paralisação parcial dos atendimentos da UPA, que teve início na quarta-feira, dia 9, a prefeitura informou que os repasses para a Organização Viva Rio – organização social responsável pela gestão da unidade e pagamento dos funcionários - foram realizados dentro dos prazos, seguindo o que é preconizado no contrato entre as partes.

E ressaltou que caberia à O.S., a organização e execução do pagamento aos funcionários.

A Viva Rio reconheceu que o município realizou os repasses, mas informou à gestão municipal sobre a dificuldade interna em relação às glosas (faturamentos) do contrato, que são pertinentes e comuns nesse tipo de contratação de empresas para prestação de serviço.

Segundo a prefeitura, isso acontece quando há divergências e o serviço executado naquele mês fica aquém do valor informado pela prestadora de serviço. Neste caso, só pode ser pago aquilo que foi efetivamente executado e comprovado por meio de atestados, não o valor integral.

Na última segunda, dia 14, a prefeitura informou que, juntamente de responsáveis pela O.S., participou de uma reunião com o Ministério Público do Trabalho (MPT) a fim de encontrar uma solução para a situação, para não prejudicar mais os profissionais e a população.

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